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Milton Mendes (centro) participa da roda de ‘bobinho’ no CT do Caju: técnico usa tática de 2013. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Milton Mendes (centro) participa da roda de ‘bobinho’ no CT do Caju: técnico usa tática de 2013.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Lançamentos longos, pouca troca de passes e efetividade. É apostando nesta fórmula familiar ao passado recente do Atlético que a equipe comandada por Milton Mendes visita o Grêmio, neste domingo (14), às 16 horas, na Arena Grêmio, tentando manter a liderança do Brasileirão.

A receita de jogo vertical que vem conferindo sucesso ao Furacão em 2015 repete a fórmula apresentada em 2013, última grande campanha do clube: terminou a Série A na terceira colocação, garantiu vaga para a Libertadores e ainda foi vice-campeão da Copa do Brasil, perdendo para o Flamengo.

Naquele ano, comandado desde julho por Vágner Mancini, o Rubro-Negro terminou o Brasileirão como a quarta equipe que menos passes trocou (264). Em contrapartida, foi a que mais sucesso obteve em lançamentos, média de 50 por jogo.

Em 2015, as peças mudaram, mas o cenário se repete. O Atlético é o quinto time que menos troca passes. São, em média, 320 por jogo. Mais apenas que Joinville (304), Chapecoense (296), Figueirense (280) e Goiás (271). O vice-líder São Paulo, em contrapartida, se encontra no extremo oposto da estatística: 505.

O lance do gol da vitória sobre o Figueirense, na Baixada, pela quinta rodada, é o exemplo da aliança entre verticalidade e efetividade do time de Mendes: aos 19 minutos de jogo, o atacante Walter deixa a área e recebe na intermediária, pelo lado esquerdo. No primeiro toque, domina. No segundo, ajeita o corpo. No terceiro, lança Nikão que, em velocidade, enche o pé e anota o belo gol do triunfo.

A comparação com 2013 demonstra também que o time da atual temporada vem sendo mais efetivo nestes dois quesitos do que o esquadrão de dois anos atrás. O Furacão de 2015 acerta 88% dos passes, contra 86% de 2013; a atual equipe também concretiza 41% dos lançamentos, contra 33% de dois anos atrás.

“Nossos jogadores têm interpretado bem as nossas ideias, a nossa estratégia de jogo”, avalia Mendes. “Vamos manter nossa linha mestra, que é a organização tática e a determinação dentro de campo. Vamos fazer uma mudança que é certa, mas estou com dúvidas em uma outra posição”, prossegue o técnico, que não deve contar com Natanael, com dores nas costelas. Em sua vaga, deve jogar Guilherme Arana. O meia Giovanni pode perder a vaga para o atacante Ytalo.

O duelo em Porto Alegre guarda ainda outra importante semelhança com o desempenho do time em 2013. Na mesma Arena Grêmio, o Atlético segurou o empate sem gols com os gaúchos e garantiu vaga às finais da Copa do Brasil.

Agora, dois anos depois, pode ser a confirmação da boa campanha na Série A.

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