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Evandro, a nova joia do Coxa. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Evandro, a nova joia do Coxa.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A força das categorias de base fez a diferença a favor de Atlético e Coritiba no fim de semana. Com seis pratas da casa, o Furacão bateu o Avaí, fora de casa, por 2 a 1. Os dois gols foram do meia Marcos Guilherme. No Couto, a jovem dupla Rafhael Lucas e Evandro selou o empate contra o Corinthians, por 1 a 1, nos minutos finais.

Revelar os jovens talentos para o futebol profissional não significa, porém, que os garotos foram formados nos CTs do Caju e da Graciosa.

No Rubro-Negro, Cryzan e Sidcley chegaram nos últimos anos de base, após passagens por Catanduvense e Grêmio Prudente. O Atlético ainda mantém parceira com clubes como Ferroviária, Inter de Lages, Porto de Caruaru e Guaratinguetá. “Quanto mais jovem, mais fácil de corrigir possíveis carências. Foi o que fizemos com os volantes Otávio e Hernani e os meias Bruno Mota e Marcos Guilherme, que chegaram com 14 anos”, avalia Pedrinho Maradona, ex-técnico da base atleticana.

Já o técnico Ricardo Drubscky, especialista em base, não vê diferenças. “Pode ter nuances de acordo com a região, mas, no fundo, a escola brasileira é a mesma. Seja com jovens, seja com atletas semiprontos, é tudo base. Tem de ser inteligente nos dois processos”, opina.

O expediente de pegar atletas semiprontos também é seguido pelo Coxa. Evandro veio do Grêmio Prudente, em 2013. Juninho veio do Junior Team, de Londrina, em 2012. Os dois times, aliás, são parceiros na captação de jovens atletas.

“Quanto mais cedo o garoto chega, melhor”, admite o superintendente de futebol, André Mazzuco. “Mas nem sempre os atletas que você tem vão dar resultado. Então você busca suprir a carência em clubes parceiros”, explica, citando Rafhael Lucas, Henrique e Ícaro, que começaram a vida futebolística no Alto da Glória.

Os especialistas ainda concordam que e o ideal é lançar os jovens com o time em posição confortável na classificação, caso do Atlético, 8.º colocado. O Coxa está na área da degola.

“A torcida pressiona, mas nós passamos confiança no projeto”, ameniza Mazzuco, que elogia o papel desempenhado pelo técnico Ney Franco, que já treinou a seleção brasileira sub-20. “Ele é um aliado fantástico nessa transição, sem essa sintonia não daria certo”, diz. Elogios também direcionados para o técnico atleticano, Milton Mendes. “Além do técnico, o Atlético tem dirigentes que têm coragem de apostar nos garotos”, fala Drubscky.

Diferenças à parte, nos dois rivais os garotos chegam ao profissional com os direitos econômicos fatiados. Seja com empresários, como no caso do garoto Marcos Guilherme, que tem 50% dos direitos ligados a Rafael Stival, ou clubes parceiros, como no caso de alguns garotos do Coxa.

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