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Ninguém sabe quando soará o apito final da carreira daquele que é considerado um dos maiores atacantes do futebol brasileiro dos últimos tempos. Sem clube há mais de um ano, recluso e alvo de boatos de toda ordem, Adriano ainda é exaltado por torcedores. Porém, nunca responde quando ou mesmo se voltará a jogar um dia para fazer os gols que lhe renderam o apelido de Imperador.

Há tempos Adriano não conversa com jornalistas. A assessoria de imprensa do atacante informou que ele não está falando “no momento”. No início do mês, um site italiano especializado em notícias da Internazionale, clube pelo qual ele conquistou quatro títulos italianos e duas copas nacionais na década passada, publicou uma rápida conversa em que o jogador praticamente se limitou a fazer referências ao time de Milão. Questionado sobre o que fazia no momento, ele disse apenas que tinha negócios no Brasil.

Atualmente, Adriano só se manifesta publicamente em redes sociais ou em notas oficiais. A mais recente delas foi divulgada nesta sexta-feira, após um jornal carioca publicar uma foto na capa em que o atacante aparece ao lado de Rogério 157, apontado como o chefe do tráfico na favela da Rocinha, no Rio.

“Mais uma vez, vejo meu nome exposto e vinculado a pessoas ilícitas que mal conheço. Sou uma pessoa pública. Todos os dias me param para tirar fotos, e jamais deixarei de tirar fotos com meus fãs”, disse o Imperador. “Estou farto de notícias mentirosas a meu respeito. Sempre ganhei a vida com honestidade, pago meus impostos e não aceitarei mais esse tipo de exposição.” Para o caso, Adriano prometeu acionar a Justiça.

Nas redes sociais, ele faz eventuais referências ao Flamengo, clube que o lançou e onde teve maior sucesso no Brasil, e posta inúmeras fotografias em sua casa. No fim de semana passado, fez um registro na Vila Cruzeiro, favela onde nasceu e se criou. Já publicou fotos com amigos em churrascos e explicando situações do seu cotidiano. Há ainda vídeos com belos lances e gols do passado.

A chance de se ver jogadas assim novamente, porém, são cada vez mais escassas. Adriano não entra em campo desde maio de 2016, quando disputou o segundo e último jogo como atleta do Miami United, time da National Premier Soccer League (NPSL), espécie de quarta divisão norte-americana. Teve vínculo de apenas quatro meses com o clube e fez um gol.

Sua última temporada completa foi há oito anos, quando comandou o Flamengo no título do Campeonato Brasileiro de 2009. Adriano marcou 19 vezes e foi um dos artilheiros da disputa, ao lado de Diego Tardelli, então no Atlético-MG e convocado agora por Tite para os jogos do Brasil nas Eliminatórias.

A campanha no Flamengo de 2009 fez com que o atacante fosse escolhido como um dos “100 brasileiros mais influentes” do ano, em lista elaborada pela revista Época. Adriano estava na relação de “Ídolos e Heróis”, que tinha 11 nomes, entre eles o do nadador Cesar Cielo e do atacante Ronaldo Fenômeno. Depois disso, porém, foi perdendo espaço. Teve passagem rápida pela Roma e fez sete jogos pelo Corinthians entre 2011 e 2012. Seu último time de elite foi o Atlético , em 2014. Disputou somente quatro partidas.

Apesar do período de inatividade, os fãs ainda pedem seu retorno. Diariamente, suas redes sociais recebem dezenas de pedidos para que volte a calçar as chuteiras. Mas, aos 35 anos e sem atuar em grande clube há três, é improvável que o Imperador retome a profissão em alto nível - ou que volte a atuar.

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