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O boxe terá um novo sistema de pontuação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. A mudança, acelerada por dois resultados polêmicos da Olimpíada de Londres, será implementada pela Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) nos próximos dois ou três anos, para que já chegue ao Brasil devidamente testada.

O modelo, segundo o jornal norte-americano Los Angeles Times, será o mesmo do boxe profissional, com os juízes atribuindo aos pugilistas uma pontuação até 10 ao fim de cada round. Atualmente, cinco árbitros acionam um dispositivo eletrônico quando detectam que um pugilista atingiu a cabeça ou o tronco do oponente com a parte frontal da luva. Ao fim de cada assalto, a maior e a menor pontuação são excluídas, restando as outras três para compor o placar da luta.

"O sistema atual de pontuação é ridículo", disse ao jornal californiano o promotor de lutas Bob Arum, que recrutou nas disputas olímpicas para o boxe profissional nomes como Floyd Mayweather e Miguel Cotto.

A principal crítica ao sistema atual é que ele dá o mesmo peso a cada soco, seja ele fraco ou um torpedo que mande o oponente à lona por alguns segundos. Também ignora a capacidade técnica de cada boxeador.

Estes problemas foram expostos em duas lutas do torneio olímpico de Londres. Na categoria peso galo, o japonês Satoshi Shimizu perdeu para Magomed Adbulhamidov, do Azerbaijão, mesmo depois de mandar o adversário seis vezes à lona em um único assalto. A decisão foi revista no dia seguinte pela Aiba.

O mesmo ocorreu na luta entre o dinamarquês Lars Brovil e o norte-americano Errol Spence, na peso leve. Brovil venceu na decisão dos árbitros, mas a Aiba, após rever o combate, deu a vitória para Spence.

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