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Atlético e Londrina jogam hoje pela Copa do Brasil com propostas diferentes. Enquanto o Furacão tentará aproveitar o confronto com o Remo para ajustar o time, o Tubarão enfrentará o Santos sem pisar no acelerador, pois sabe que as chances na busca do bi estadual são maiores do que no torneio nacional. Observa-se trabalho altamente profissional desde que Sérgio Malucelli trocou o friozinho de Irati pelo calor de Londrina. A manutenção do técnico Claudio Tencati indica que existe um planejamento a ser cumprido.

Os contrastes com o Atlético são inevitáveis, pois em vez de projetar um time forte e competitivo para animar a torcida, ampliar o quadro social e atrair patrocinadores, a diretoria passou os últimos meses as voltas com a conclusão do teto retrátil e com as pendengas com o Tribunal de Contas, Governo e Prefeitura.

A sugestão é de que, diante atuais das circunstâncias e pelo extraordinário desenvolvimento, o clube deveria mudar os estatutos elegendo um presidente com habilidade para tratar das relações políticas com os associados, parceiros públicos e a administração geral, criando-se duas presidências executivas: uma para cuidar exclusivamente do patrimônio, negócios em torno da Arena, realização de eventos e contatos com patrocinadores; outra para cuidar do futebol, com carinho e respeito ao sentimento do torcedor. Um homem só não consegue fazer tudo.

O Londrina alimenta os mesmos sonhos de conquista, mas certamente enfrenta menor grau de exigência da torcida e de cobrança da imprensa. Mas tem seguido direitinho a cartilha de como formar e manter uma equipe de porte médio no panorama nacional.

O Atlético, que já foi campeão brasileiro e finalista da Libertadores, parece ter perdido a noção da sua importância como instituição esportiva e tem proporcionado vexames homéricos nesta temporada.A situação é tão dramática que até o fanatismo e a fidelidade reconhecidas da apaixonada torcida atleticana foram colocados em xeque com o esvaziamento do quadro social e da própria Arena da Baixada, que jamais lotou desde a Copa do Mundo de 2014.

Os poucos torcedores que se animam ir ao estádio estão vaiando o treinador e os jogadores de forma equivocada. Os profissionais não têm culpa de nada. Apenas cumprem ordens e se esforçam para acertar. As vaias estão sendo encaminhadas para o endereço errado.

No quarto mês do ano, o novo técnico atleticano tenta juntar os cacos de um grupo desorientado e desorganizado pelo grave equívoco do abandono na pré-temporada europeia. Correndo atrás de reforços em meio à Copa do Brasil e às vésperas do início do Campeonato Brasileiro, o Atlético não tem time e, por isso mesmo, o treinador ainda não conseguiu definir nem sequer o figurino tático.

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