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O que tem acontecido com alguns clubes nos campeonatos estaduais provocam uma reflexão: todos falam que os estaduais saíram de moda e só dão prejuízo. Eu mesmo já escrevi aqui que esse tipo de torneio deveria ser disputado apenas pelos times pequenos, promovendo autêntica festa no interior, preservando os grandes para os desafios nacionais e internacionais.

Pelo o que se observa, os estaduais estão morrendo de inanição e ninguém com poder de decisão se manifesta para uma verdadeira mudança no calendário anual do futebol brasileiro. Por enquanto, somente o movimento Bom Senso bate o pé e apresenta algumas ideias originais. Os cartolas silenciam e submetem-se aos desígnios da CBF e das federações.

Esse formato de competição, na prática, foi relegado a segundo plano e os baixíssimos índices de audiência dos jogos na televisão comprovam a realidade. Mas antes de desaparecerem , as competições paroquiais vão causar estragos. Reparem como costumamos dizer que os compromissos locais servem aos grandes como preparação para aqueles mais importantes da temporada. Mas apesar da decadência, dão cartaz aos vencedores – com direito à volta olímpica e foto dos campeões na parede – e inflam a autoestima. E também mascaram deficiências que só aparecem na Copa do Brasil, no Brasileiro ou, dependendo do caso, na Libertadores.

Tem time que arrasa os vizinhos e se esborracha na hora dos voos atrevidos. Vira e mexe uma cabeça coroada de clube grande é cortada. Claudinei Oliveira, do Atlético e Cristóvão Borges, do Fluminense foram os primeiros. Felipão chegou a balançar no Grêmio no começo do Gaúcho e Muricy Ramalho está desgastado com as derrotas nos clássicos paulistas.

O Estadual é fogo para os técnicos.

Shakespeare na Vila

O presidente Rubens Bohlen viveu durante algumas semanas o drama de Hamlet, peça do dramaturgo inglês William Shakespeare.

Indeciso entre aceitar o afastamento da presidência do Paraná ou continuar com sua tumultuada gestão, muitas vezes manifestou a dúvida “To be or not to be”. No caso, em vez de “Ser ou não ser”, a questão foi “Sair ou não sair”. Acabou saindo. Deixou tremendo abacaxi para o vice-presidente Luis Carlos Casagrande descascar.

Conheço Casinha desde a época em que ele era lateral-esquerdo do juvenil e mais tarde do time principal do Atlético. Faz muito tempo, portanto. Trata-se de pessoa fiel e dedicada ao clube. Trabalhou durante décadas com extremo zelo no Pinheiros e se encontra desde a fundação do Paraná como administrador.

Ele conhece todos os problemas reais e as idiossincrasias do clube. Se conseguir o apoio necessário, especialmente do grupo de conselheiros que pressionou Bohlen a renunciar, poderá ajudar, efetivamente, o Paraná em sua aguardada e difícil recuperação.

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