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Cristian de Souza, técnico do Paraná, dá entrevista no gramado do Couto Pereira. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Cristian de Souza, técnico do Paraná, dá entrevista no gramado do Couto Pereira.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Surpreendeu muita gente, eu incluso, o fato de o Paraná ter trocado a Vila Capanema pelo Alto da Glória para o jogo com o Atlético-MG pela Copa do Brasil.

Com excelente retrospecto nas partidas disputadas em sua casa, nesta temporada, o Paraná poderia manter o confronto com os mineiros no seu estádio. Entretanto, os interesses financeiros falaram mais alto e a diretoria do clube aceitou a proposta de um empresário que, obviamente, esperando maior público, levou o jogo para o estádio do Coritiba.

Questões financeiras não se discutem. Ainda mais nestes tempos de gravíssima crise econômica no país, onde os negócios desabaram e o desemprego aumentou dramaticamente nas asas da corrupção dos políticos e governantes que não se cansam de atrapalhar a vida da população com um novo escândalo a cada 24 horas.

E questões financeiras não se discutem, são de foro íntimo, ainda mais em se tratando do Paraná, clube bem estruturado na formação que sofreu, nos últimos anos, doloroso processo de gestão temerária. A atual diretoria está demonstrando equilíbrio, bom senso e, sobretudo, responsabilidade no trato dos interesses do debilitado clube. Portanto, abrir mão da Vila foi simplesmente uma opção para manter a economia doméstica em dia para preservar o rendimento do time dentro de campo.

Até porque o Alto da Glória é uma casa conhecida dos tricolores. Lá eles já deram volta olímpica na comemoração de títulos, já enfrentaram grandes adversários nos bons tempos que a torcida recorda quando o Paraná era o único representante paranaense na Série A.

O tempo passou, a dupla Atletiba reagiu e a realidade da mercantilização dos eventos esportivos é outra.

Como o futebol sempre foi associado a emoção, festa, democracia, catarse popular, alívio de tensões, válvula de escape, arte, quando o time provoca confiança no público ele pode se dar ao luxo de tentar faturar um dinheiro a mais em ocasião especial.

E o encontro com o Atlético-MG, um dos elencos mais respeitados do atual futebol brasileiro, desperta o interesse não só dos paranistas, mas de quem gosta do jogo da bola de maneira geral.

Tecnicamente, o Paraná está em condições de jogar de igual para igual, se bem que necessita de alguns ajustes. O desenho tático foi mantido por Cristian de Souza, mas até o momento a sensação é a de que os jogadores estavam mais adaptados ao estilo de Wagner Lopes. Fenômeno conhecido e muito natural em qualquer equipe. Basta que o novo treinador saiba fazer as escolhas certas.

Quanto ao Galo, todo cuidado será pouco, pois é um time bem constituído, tanto na defesa quanto do meio para frente, contando com invejável coleção de individualidades. Roger humanizou o grupo estelar e colocou ordem na casa, ou no galinheiro carijó, se preferirem.

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