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Há 20 anos o presidente Mario Celso Petraglia revolucionou o Atlético mexendo em suas arcaicas estruturas, construindo invejável patrimônio, levantando a torcida com a formação de times competitivos e a conquista de títulos. O tempo passou, um centro para treinamentos e duas arenas foram construídas, sendo a segunda com teto retrátil e uma areninha que faz parte do pacote, mas o clube tornou-se refém do projeto.

Tudo correu bem enquanto houve união e todos remaram para o mesmo lado. Os atleticanos se empolgaram com o projeto que, entretanto, mudou as características para a Copa do Mundo. Passadas as quatro partidas do torneio da Fifa, com o alto custo do teto retrátil, a ausência dos shows prometidos e a decadência técnica do time os apoios foram retirados, o quadro social diminuiu e hoje o Atlético encontra-se em crise política e futebolística. Todos questionam o custo da obra e a forma para honrar os compromissos assumidos. Todos questionam a falta de planejamento para a programação de shows e eventos. Todos questionam a incoerência na gestão do futebol.

Fiquemos apenas com a questão do futebol, pois associados e torcedores desejam saber as razões que levam a diretoria a errar tanto no departamento de futebol, na escolha equivocada de técnicos e nas opções duvidosas de jogadores. A resposta mais rápida é a completa falta de autocrítica dos dirigentes, que não admitem críticas e muito menos a revisão de métodos e conceitos na formação do elenco.

A torcida não aguenta mais tanto vexame e exige mudanças radicais. De nada adianta trocar de treinador ou sair as compras sem nenhum critério na busca de reforços. O futebol do clube anda enguiçado e certamente o torcedor vai cobrar melhor rendimento de todos.

“A rebelião contra os tiranos é obediência a Deus” – frase de autor anônimo, às vezes atribuída a Benjamim Franklin.

O retorno

O Paraná retorna ao campo na quinta-feira (22), sob nova direção, para tentar eliminar o Jacuipense, da Bahia. Como venceu a primeira, o time dirigido por Luciano Gusso jogará com ares de favorito. Mas precisará fazer por onde, afinal ultimamente observa-se todo tipo de surpresas. Como diz Vanderlei Luxemburgo, filósofo do ludopédio: “Não tem mais time bobo”.

A classificação aumentará o grau de confiança dos dirigentes que assumiram recentemente. Todos sabem que a maior verdade do futebol é o placar do jogo e nada melhor do que trabalhar à sombra de resultados favoráveis.

Como o maior drama tricolor tem sido fora de campo, na administração geral e no setor financeiro, com os rotineiros atrasos nos pagamentos, a diretoria necessita do apoio da torcida e da compreensão dos credores.

Quanto mais o time crescer nas competições, mais portas se abrirão para a conquista de patrocinadores.

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