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Tudo o que poderia dar errado para o Campeonato Paranaense acabou dando. Ou, por outra, ele pode não ser concluído. Ou, pelo menos, corre o sério risco de sofrer abalos com consequências imprevisíveis diante do imbróglio geral manifestado após a curiosa decisão do STJD com a perda de pontos do J. Malucelli.

Em vez de julgar o fato, abordar todos os aspectos da confusa situação e oferecer uma luz clara e forte, protegida pelo manto da legalidade, a mais alta corte desportiva do país acabou contribuindo para a incerteza de todos os envolvidos na questão.

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O J. Malucelli teve a punição confirmada e, consequentemente, foi rebaixado e afastado das quartas de final. O xis do problema é que sem o J. Malucelli quem ganhou a vaga foi o Rio Branco só que, em vez da quarta colocação, ele passou a ocupar a oitava. Isso implica dizer que o adversário do primeiro colocado não deveria ser o Atlético, que com a decisão do STJD passou a ser o penúltimo classificado, mas sim o próprio Rio Branco.

O Paraná poderia intentar uma medida cautelar, afinal, em vez de correr o risco de ser eliminado pelo Atlético no clássico em que entra com a desvantagem de ter perdido o primeiro jogo, pegaria o frágil Rio Branco e de lambuja ainda ficaria livre de Atlético ou Coritiba mais adiante.

Medida cautelar é um procedimento ajuizado para prever ou defender direitos quando há risco de lesão de qualquer natureza ou da existência de motivo justo, desde que amparado por lei. É o caso do Paraná nesta altura do campeonato.

A Federação confirmou a segunda rodada das quartas de final apenas trocando o J. Malucelli pelo Rio Branco e dando mais uma chance para o Londrina na competição.

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Outros clubes também reclamam, com destaque ao Cascavel que, pela nova configuração da tabela, escaparia do Coritiba de quem levou uma sova de 5 a 0.

A indicação inequívoca de uma situação complexa caracteriza-se popularmente como imbróglio e muita coisa desagradável ainda poderá acontecer no tapetão. As trapalhadas jurídicas serão inevitáveis após os resultados da rodada programada para o final de semana.

O Paranaense, como quase todos os estaduais que sobrevivem exclusivamente para atender aos interesses políticos da CBF e das federações com a marota conivência dos grandes clubes, que já vinha se arrastando e não atraindo a atenção do grande público, corre o sério risco de ser completamente desmoralizado pelo atual estado das coisas.

Tudo isso é profundamente lamentável em um futebol cujo calendário anacrônico e pessimamente elaborado só atrapalha a vida dos clubes que, repito, são coniventes com esse quadro quase surrealista.

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