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O título conquistado pelo Operário premiou o esforço e a superação do futebol do interior em contraste com a decadência técnica dos tradicionais times da capital. Londrina campeão do ano passado e o Fantasma, agora, foram campeões irretocáveis que servem como exemplo de trabalho bem realizado.

Quando a torcida coxa-branca reconheceu a superioridade do Operário em campo e, elegantemente, passou a aplaudir o novo campeão a cidade de Ponta Grossa explodiu de alegria.

Jamais na centenária história do futebol paranaense uma equipe do interior foi tão superior ao rival da capital em finais de campeonato. O escore agregado de 5 a 0 refletiu de maneira contundente a superioridade do Fantasma nos dois confrontos.

O time de Itamar Schülle confirmou as melhores expectativas comportando-se de forma madura, consciente e sabendo tirar proveito do nervosismo e das deficiências técnicas do Coritiba.

Em nenhum momento a meta defendida pelo excelente arqueiro Jhonatan foi ameaçada. Em compensação, logo aos dez minutos de jogo, o goleiro Vaná saiu em falso e o zagueiro Douglas Mendes cabeceou quase abrindo o placar.

Sem articulação na meia-cancha, o Coxa encontrou muitas dificuldades para se impor. Ao contrário, o quarteto Lucas, Chicão, Pedrinho e Ruy voltou a funcionar com perfeição, demonstrando o entrosamento e a forma segura de o Operário jogar. Um estilo simples, mas coeso e com muita objetividade nas saídas de bola para o ataque.

Nem bem começou o segundo tempo e o treinador Marquinhos Santos resolveu atacar com bandeiras desfraldadas, substituindo um zagueiro e um volante por dois atacantes. A decisão ousada custou muito caro ao Coritiba, que levou três gols e sofreu uma de suas mais humilhantes derrotas em pleno Alto da Glória.

Como os alas Danilo Baia e Peixoto bloquearam, inteligentemente, os avanços de Norberto e Carlinhos, sem ninguém para criar diante da pífia atuação de Negueba, pouco adiantou ao Coxa terminar a partida com quatro atacantes. Dentre eles, a maior decepção voltou a ser o veterano Wellington Paulista. Só que, desta vez, além do pouco futebol, uma considerável dose de deslealdade nas tentativas de tomar a bola dos adversários. Dos três gols da goleada alvinegra, o lance mais elaborado foi o segundo que resultou na finalização precisa do meia Ruy.

O título conquistado pelo Operário premiou o esforço e a superação do futebol do interior em contraste com a decadência técnica dos tradicionais times da capital. O Londrina campeão do ano passado e o Fantasma, agora, foram campeões irretocáveis que servem como exemplo de trabalho bem realizado.

A torcida lotou o seu espaço no estádio e vibrou muito em Ponta Grossa que está em festa. Finalmente, a cidade onde se realizou a primeira partida da história do futebol paranaense – entre Tiro Pontagrossense, futuro Operário Ferroviário, e Coritiba – conseguiu chegar ao topo com o espetacular triunfo de ontem.

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