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Por que aconteceu isso, por que aconteceu aquilo, são os porquês na boca de todos para tentar entender as coisas e os fenômenos da vida.

Os americanos perguntam por qual razão o magnata republicano Donald Trump surpreendeu os institutos de pesquisas e a grande mídia, eletrônica e impressa, ganhando a eleição da tarimbada política democrata Hillary Clinton.

Para alguns, foi o voto magoado da população do nordeste do país, o chamado “rust belt” – cinturão da ferrugem –, cuja economia é baseada principalmente na indústria pesada e manufaturada desde o começo do século 20. Só que a industrialização mais antiga nos setores automobilístico, têxtil, petroquímica e alimentação perdeu terreno para a moderna tecnologia de outras regiões.

Para outros, foi o diretor do FBI que detonou a candidatura da democrata com os tais e-mails pessoais tratando de assuntos oficiais.

Trump foi eleito e quando fizer aquela festa no condomínio onde mora – o Trump Tower, na 5ª avenida, em Nova York – não pode deixar de convidar o vizinho José Maria Marín.

Enquanto isso, no papo dominical na banca de jornais do Ciro, no centro nervoso do Bigorrilho, os porquês giram em torno da dificuldade de o futebol paranaense brilhar no cenário nacional.

O Paraná está rumando para dez anos na série B, mais preocupado em continuar por lá do que cair para a C; o Londrina desperdiçou grande oportunidade de chegar a série A com maus resultados no estádio do Café e a dupla Atletiba faz que vai, mas não consegue avançar.

Foram três vices consecutivos na Copa do Brasil e participações modestas no Brasileiro. Mais complicado para o Coritiba que há anos só luta para fugir do rebaixamento.

O Atlético tem se mantido no primeiro pelotão da classificação e ameaça conquistar uma vaga na Libertadores. Mas com campanha irregular, para não dizer misteriosa: excelente aproveitamento na Arena da Baixada e péssima performance como visitante.

O Furacão pega o Fluminense, amanhã no Maracanã, e uma vitória será recebida como um ponto fora da curva. Mas que representaria ampla reabilitação nesta altura do campeonato.

Mais porquês: se Curitiba e Porto Alegre se equivalem em população e produto interno bruto, assim como os dois estados, por que o futebol gaúcho é mais forte do que o nosso ?

Maior tradição na revelação de jogadores, rivalidade mais sadia e mercado estadual em vez de apenas na região sul como acontece com a dupla Atletiba e o Paraná.

A cultura futebolística gaúcha está mais consolidada do que a nossa, daí a dificuldade encontrada pelos times paranaenses nos momentos decisivos de competições nacionais e internacionais.

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