• Carregando...

A vida é movida a sonhos – não importa se pequenos ou grandes. A busca de coisas novas, êxitos, vitórias profissionais ou particulares agitam a rotina de todos. Frustrações e desenganos também fazem parte do roteiro da vida e devemos estar preparados para enfrentá-las sem perder o rebolado.

No esporte não é diferente. Enquanto os torcedores dos classificados para as quartas do Estadual fazem planos para um futuro feliz, os atleticanos choram a humilhação de o time ser obrigado a disputar o torneio que apontará os dois rebaixados do campeonato. A explicação mais simples para a derrocada do Atlético foi o planejamento equivocado. Parece que a diretoria apaga na virada do ano.

Após as boas campanhas de 2013 no Brasileiro e na Copa do Brasil, os dirigentes surtaram, desfazendo a comissão técnica vitoriosa e perdendo jogadores fundamentais, com destaque ao armador Everton. Sem ele, o goleador Éderson minguou. Em 2014 veio um desconhecido treinador espanhol, diversos jogadores estrangeiros medíocres e a cereja do bolo: Adriano Imperador. O fracasso na Libertadores foi inevitável seguido da eliminação na Copa do Brasil pelo modesto América de Natal. Recuperou-se no Brasileiro graças a Claudinei Oliveira. O mesmo que falhou neste início de temporada. O problema foi o abandono do elenco na Espanha, sem os olhos de algum dirigente competente para acompanhar a pré-temporada junto aos profissionais. O time voltou sem condicionamento físico, desentrosado e desmotivado.

O Coritiba surge como favorito à conquista de mais um título paroquial. Não pretendo desestimular os concorrentes, até porque tenho um xodó pessoal pelo Operário de Ponta Grossa. Porém, a liderança na primeira fase e o artilheiro Rafhael Lucas afiado na equipe em ascensão fazem do Coxa o principal candidato ao título.

Só espero que os torcedores não confundam favoritismo, a partir de uma avaliação lógica, com a consagração do elenco para o restante da temporada.

Um novo título estadual surge na tela alviverde, mas não oferece nenhum atestado de capacidade técnica do time para os maiores desafios nos torneios nacionais. Depois será outra conversa.

****

Efabulativo: Enquanto os coxas se divertiam nas rodinhas em torno da Boca Maldita com a queda do Atlético para o Torneio da Morte, os atleticanos tentavam entender o que aconteceu com o time que esqueceu de jogar futebol na esquisita pré-temporada europeia.

Beto, cirurgião capilar de reconhecido talento e ferrenho atleticano, apresentou a sua teoria para superar o fracasso do Furacão: “Como forma de homenagear a torcida Os Fanáticos, os jogadores vão se empenhar para a conquista do Torneio da Morte. Daí a diretoria manda gravar na camisa, ao lado das estrelinhas de ouro e prata – os dois títulos nacionais –, uma caveirinha...”

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]