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O futebol é, por definição, uma festa popular. Como toda festa deve ser alegre, descontraída, bem humorada, colorida, euforia nas arquibancadas para ajudar o espetáculo no campo.

Atletiba é o ponto máximo da festa do futebol paranaense. Portanto, deverá arrastar multidões aos dois maiores estádios da cidade nas partidas que decidirão o título de campeão.

Mas como em todo grande clássico, nele está embutido um pouco de drama. E a parte dramática é interpretada exclusivamente pelos torcedores. Como são torcedores em missões especiais, os dirigentes também participam do drama. Os profissionais ficam de fora.

Ninguém vai conseguir convencer Kléber ou Negueba da dramaticidade histórica que cerca os confrontos entre coxas e atleticanos. Do mesmo jeito que ninguém vai conseguir sensibilizar Walter ou Nikão com os mesmos teores emocionais dos torcedores mais apaixonados.

Para o torcedor basta vestir a camisa com as cores do clube, empunhar a bandeira e ir ao estádio ajudar a empurrar o time para a vitória.

Para os profissionais o futebol é como teatro, precisa haver ensaio para que se faça boa apresentação.

A plateia dividida entre duas paixões em uma história de clímax e anticlímax, com muitas reviravoltas, momentos de fraqueza como de grandeza.

No teatro do futebol ninguém sabe qual será o final do drama. A história não está escrita, mas sendo escrita, minuto a minuto, lance a lance à medida que acontece.

Se no teatro os espectadores torcem pelos personagens que consideram merecedores de um desfecho justo, no futebol já sabem de antemão por quem vão torcer até o final, justo ou injusto.

O clássico é a soma de tudo isso e mais um pouco.

O repertório de acontecimentos em finais Atletiba está quase esgotado. Houve de tudo um pouco nesses 92 anos de confronto. O Coritiba deu volta olímpica na Arena, o Atlético deu volta olímpica no Alto da Glória.

Tivemos final até na Vila Capanema, com direito a festa coxa-branca no melhor campeonato de todos os tempos, em 1968.

Até domingo os torcedores promovem as discussões do grande jogo. Depois do apito inicial do árbitro tudo fica por conta dos treinadores e dos jogadores.

Gilson Kleina tem a semana para melhorar o posicionamento defensivo e ajustar a meia-cancha, pontos fracos da equipe. O ataque vai muito bem, obrigado.

Paulo Autuori deve aproveitar os dias para não repetir os equívocos cometidos na derrota para o Paraná. Foi infeliz nas substituições, perdeu Otávio por descuido e teve de sofrer nas penalidades. Espera-se que o time recupere o bom futebol das apresentações anteriores quando o técnico ganhou crédito com a torcida.

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