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O torcedor veste a camisa do time, empunha a bandeira, paga o ingresso, vai ao estádio para confraternizar com os amigos da mesma tendência, ver gols, aplaudir os ídolos em campo e comemorar as vitórias e os títulos de campeão. Esta é, em resumo, a motivação que leva alguém a vibrar e sofrer por uma equipe, dispondo-se a sair de casa em dia de jogo para viver as emoções do futebol.

No vasto universo futebolístico há espaço para todo tipo de idolatria. Tem torcedor que ama os goleiros, tanto quanto outros valorizam o trabalho dos zagueiros, dos marcadores, dos armadores e criadores de jogadas, dos dribladores e dos jogadores raçudos. Mas o homem-gol tem reservado um lugar especial no coração de todos os amantes do esporte mais popular do planeta.

Sou do tempo em que os especialistas na arte de fazer gols, que é a própria essência do futebol, eram contemplados com o título de artilheiro ou de goleador. Qualquer uma dessas palavras, ambas por sinal bastante apropriadas e significativas, servia para celebrizar o jogador.

Hoje o modismo – essa praga que entre outras coisas vai empobrecendo também o nosso idioma – mudou a denominação do homem-gol: chamam-no agora de ‘matador’, expressão que ofende o bom gosto, até pela conotação que encerra.

Sem esquecer que se trata de cópia barata de termo consagrado pelas touradas há séculos, que se tornaram politicamente incorretas e seguem o caminho da extinção na Espanha.

Pois bem, temos na dupla Atletiba dois desses ilustres especialistas, não no ofício de matar quem quer que seja, mas, muito pelo contrário, de alegrar a vida dos apreciadores do bom futebol: Walter e Rafhael Lucas.

Nos dias de hoje, poucos clubes podem dispor de artilheiros – ou goleadores, como preferirem – da qualidade de Rafhael Lucas e Walter. O atacante do Atlético é experiente, rodado e com a carreira prejudicada pela luta continua contra o peso.

O atacante do Coritiba é jovem, com grande futuro pela frente e que dificilmente deixará de receber propostas milionárias do exterior.

Têm ambos, porém, o faro para pressentir os lances de perigo e têm a técnica apurada para convertê-los em gols. É a dobradinha que embala os sonhos de conquista das duas maiores torcidas paranaenses.

Jogadores com essas características especiais inspiram respeito a qualquer sistema defensivo. Todo treinador fica atento à marcação específica sobre o homem-gol do time adversário.

Quando a partida fica morna e o estádio silencioso, eles podem alterar o panorama com um drible, uma arrancada ou a finalização certeira no fundo das redes. São jogadores que garantem qualquer espetáculo e que certamente vão transformar os jogos desta tarde – Atlético x Atlético-MG; Sport x Coritiba – em algo que merece ser visto.

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