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Erivelto Luiz Silveira com o projeto paranista para a Copa do Mundo de 2014 | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Erivelto Luiz Silveira com o projeto paranista para a Copa do Mundo de 2014| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Entrevista

Kelly, ex-jogador de futebol

O ex-armador Kelly pendurou as chuteiras antes da hora. Após sofrer com problemas físicos e médicos, decidiu estudar em busca de uma nova profissão. Além do Atlético, defendeu Bragantino, Logroñes-ESP, Paulista, Flamengo, FC Tokyo, Cruzeiro, Al Ain-EAU e Grêmio.

É verdade que você se aposentou aos 34 anos?

Realmente. Depois que eu deixei o Atlético (em dezembro) decidi não jogar mais. Tive problemas de joelho (desgaste da cartilagem) e tive de operar durante a minha passagem pelo Grêmio (2007). Voltei a jogar, mas percebi que não era a mesma coisa mais. Tem preparador físico que não entende as diferenças de idade. Tratam os ‘velhinhos’ de 30 anos como garotos de 18, os mesmos treinamentos...

Qual são seus planos para o futuro?

Estou no primeiro ano de Educação Física (em Barra Bonita, interior de São Paulo). Estou gostando dessa nova área. É duro deixar o futebol completamente, pois são 20 anos vivendo nesse meio. Conheço bem a prática, agora quero partir para o conhecimento teórico.

Você pensa em ser técnico de futebol?

Isso. Em pouco tempo, espero ser treinador ou auxiliar, quem sabe começar nas categorias de base de algum clube.

É complicada essa transição?

Olha, daria para eu jogar mais dois ou três anos. Quando decidi parar, por exemplo, recebi proposta da Ponte Preta, América-RN e Marília. Mas não tinha mais o prazer, a alegria de entrar em campo.

Percebeu isso durante sua passagem pelo Atlético?

Estava me cobrando bastante, sabe. Eu não rendia a mesma coisa. Seria falta de responsabilidade continuar jogando, pois estaria enganando. Fiquei aliviado. No Atlético, por exemplo, fui bem recebido e tinha a confiança da torcida. Cheguei a ficar constrangido, apesar de ter sido bem tratado até mesmo na minha saída.

"Não estamos blefando". Assim Erivelto Luiz Silveira, presidente do Conselho de Obras do Paraná Clube, anunciou um projeto ousado para a Vila Capanema entrar no roteiro da Copa 2014. Após um vasto estudo dos tricolores, concluiu-se que a área no bairro Jardim Botânico "é a mais apropriada" para o poder público e privado investirem – pois resolveria problemas da cidade, como a utilização da Rede Ferroviária, a revitalização do Rio Belém e Vila das Torres, além de ajustar a mobilidade urbana na região central.

Alguma coisa

Silveira tem agendado com o vice-governador Orlando Pessuti, líder do comitê local para o Mundial, uma visita às instalações do Tricolor. Caso o Paraná não viabilize seu sonho (pois não tem dinheiro), o dirigente espera, ao menos, que o clube seja inserido no projeto local.

No papel...

A Vila do futuro teria capacidade para 42 mil pessoas e contaria com um ginásio (onde hoje estão as piscinas desativadas), um hotel e dois prédios (estacionamento e outro comercial). Mas não há orçamento de quanto custaria a obra ousada.

...Na retórica

"O pessoal lá de baixo não consegue fazer. A turma lá de cima não pode fazer também. Então, somos uma possível solução para Curitiba na Copa", apregoa Silveira, reforçando. "Não é um blefe!"

Santo do vizinho...

O gestor da Copa-2014 em Curitiba, Luiz de Carvalho, foi assediado pela prefeitura de São Bento do Sul, em Santa Catarina. O representante da cidade paranaense chegou a ir até o estado vizinho para conhecer a estrutura do município, a menos de 100 km da capital.

...Faz milagres

Na Associação Empresarial de São Bento, o prefeito anfitrião Magno Bollmann, o secretário Uwe Stortz (Desenvolvimento Econômico) e o vereador Marco Aurélio Viliczinski (PSB) sondaram a possibilidade de a cidade catarinense receber uma delegação durante a Copa.

Só elogios

Carvalho destacou que a cidade catarinense, agora rival de outras do Paraná com o mesmo sonho, é "excelente", "acolhedora" e com uma elogiável "cumplicidade entre poder público e iniciativa privada". E soltou: "Podemos estar juntos".

Barbada

João Carlos Vialle está cada dia mais forte na sucessão do Coxa. Candidato da gestão Gionédis, teve 359 votos dos 984 contabilizados no pleito de 2008 – vitória tranquila da oposição: Cirino (360) e Moro (265). Mas Vialle tem agora aliados nas duas frentes rivais.

Incompreensível

Caio Júnior, do Al-Gharafa (do Catar), aposta na internet para conquistar admiradores no Oriente Médio. O técnico lançou um blog totalmente em árabe – caiojunior10.blogspot.com.

O meia-esquerda

O Coritiba já se movimenta no Ministério do Trabalho para liberar o registro do angolano Geraldo. Com 17 anos, o africano chamou a atenção de René Simões e agora de Ney Franco. Segundo o Coxa, há uma proposta de 500 mil euros para vendê-lo à Udinese.

Factoide

A diretoria paranista está desconfiada que alguns empresários de jogadores têm plantado notícias em busca de valorização. O clube se queixou disso após o suposto interesse do Botafogo pelo zagueiro Gabriel.

"Ui-Wando"

Wando, atacante paranista, mostrou-se cansado com as brincadeiras em torno do homônimo cantor brega. "Não tem nada a ver. Minhas irmãs se chamam Vanessa e Vanice, meu pai tentou fazer uma sequência e acabou saindo com W, e não com V. Essa é a história."

A fase...

A campanha que pretende arrecadar fundos para a construção de arquibancadas tubulares no CT da Graciosa viveu momentos de "vacas magras" por causa do mal momento vivido pelo Coxa nos últimos meses. Agora, após a volta das vitórias, a diretoria espera que as doações aumentem.

...E o ídolo

Alex, do Fenerbahce, já colaborou (o Coritiba teria arrecadado cerca de R$ 15 mil). Perguntado se recomendaria a atitude a outros ex-jogadores, disparou: "Isso é uma coisa que vem de dentro e senti que poderia ajudar."

Colaboraram Eduardo Luiz Klisiewicz, André Pugliesi e Ana Luzia Mikos.

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