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Costumo ser econômico com adjetivos, mas dessa vez dá para usar um “heroica” para definir a vitória de ontem do Atlético sobre o Atlético-MG. Era o confronto entre o maior investidor dentre os participantes do Campeonato Brasileiro e o de menor orçamento. E, por causa disso, era de se esperar um embate desigual na Baixada.

Foi o que aconteceu. Os mineiros dominaram o primeiro tempo, encurralaram o Atlético em seu próprio campo e este, sem maiores recursos, só tratou de se defender, aguardando pela rara possibilidade de encaixar um contra-ataque. Chegou num momento da partida que a estatística apontava cinco arremates a gol dos mineiros contra nenhum dos donos da casa.

Até que, depois de suportar tanta pressão, os lances mais agudos começaram a surgir no ataque rubro-negro. Douglas Coutinho teve a chance de marcar, mas o goleiro Victor, que havia defendido o chute de Felipe, também pegou o rebote do atacante. Só que no lance seguinte não deu e Coutinho fez o gol que seria o da vitória.

E, dali em diante, muita raça, muita entrega para conter a volúpia de um adversário que, na hora de mexer no time simplesmente fez entrar em campo Jô, Maicosuel e Giovanni Augusto, jogadores que seriam titulares em qualquer outra equipe da Primeira Divisão nacional.

Para compensar a diferença técnica, os jogadores do Atlético Paranaense foram à exaustão, superando cãibras, dores musculares e falta de gás. E ainda tiveram de jogar por mais um, por causa da expulsão de Walter, nos instantes finais. Expulsão muito estranha, pois o que se viu na imagem da tevê foi apenas o atacante reclamando ao quarto árbitro de uma possível falta de Leonardo Silva. Levou vermelho direto. Ficou realmente muito estranho.

Vitória suada, apertada, de muito coração de um time que soube superar todas as suas carências e presentear a torcida com uma exibição acima da média. Heroica, por que não?

Não muda

E o Coritiba continua o mesmo. Parece perder a identidade quando sai de casa. Vinha de uma boa vitória sobre o Grêmio, no Alto da Glória, uma rodada atrás. Mas ontem jogou no Recife e voltou a perder, numa atuação completamente diferente daquela apresentada no triunfo sobre os gaúchos. Principalmente no primeiro tempo, quando entregou o comando da partida ao Sport.

Na segunda etapa até que melhorou o rendimento, surgiram algumas oportunidades, mas não houve a finalização correta, que poderia sugerir resultado melhor. Bem marcado, o meio de campo já não produziu o mesmo de jogos recentes e o ataque voltou a sentir falta de melhor municiamento.

E agora, sem tempo para respirar, o Coxa pega a Ponte Preta, depois de amanhã, pela Copa do Brasil. Em casa, pelo menos, para ter mais chances.

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