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Foi por obra do acaso, é verdade, mas também por conta da inspiração do técnico Ney Franco. O Coritiba que se apresentou neste domingo, e venceu o Cruzeiro de forma incontestável, mostrou de uma só vez o que aquele time amontoado de volantes não conseguiu em tantas partidas passadas.

Rosinei iria jogar. Estava na escalação oficial, mas sentiu lesão na hora de subir para o gramado. Foi aí que o treinador decidiu ousar, apostando na criatividade. Tinha dois volantes à disposição, Ícaro e Fabrício, mas optou por Thiago Galhardo, pondo em campo um meia ofensivo, e dando ao Lúcio Flávio a função de marcar e sair pro jogo.

Deu certo. Carimbou a grande maioria das bolas retomadas do campo de defesa e foi o principal articulador da equipe em campo, surpreendendo o técnico adversário com a formação, a ponto de atrapalhar o sistema de marcação dos mineiros. O Coritiba teve o controle da partida e o goleiro Bruno, a rigor, só teve uma defesa difícil.

Além de justa, a vitória foi interessante para mostrar a estabilização que passa a equipe desde a chegada do novo técnico. Ainda desencontrado, perdeu para o Flamengo na estreia do novo comandante, mas rendeu bem no Atletiba. Ontem só não chegou mais vezes ao gol por falta de ajustes na linha avançada e pela ausência de um avante mais presente na área – que a entrada de Rafhael Lucas resolveu, não só com o gol, mas com outras jogadas mais agudas que foi protagonista.

A situação era tão complicada na classificação que a vitória ainda não foi suficiente para tirar o time da ZR. Mas já mantém o moral em alta, o que vem acontecendo desde o empate na Baixada. Com isso, o grupo é mais guerreiro e se entrega mais a cada jogada, sem aquela apatia sentida nas primeiras rodadas do campeonato brasileiro.

Pelo menos agora o portão de saída do atoleiro está mais próximo, a dois pontos apenas. O próximo oponente é complicado, o Atlético Mineiro, em Minas. O Coritiba, que se mostra equilibrado e eficaz em seu estádio, tem pela frente um novo desafio: começar a agregar pontos também fora, dificuldade que não é de hoje e, sim, já se arrasta por algumas temporadas.

Ainda mais agora que mostrou ser possível jogar com volante que sabe o que fazer com a bola.

A queda

São três jogos sem vitória e o Atlético caiu do G4. Por estar no Alto da Glória não pude ver a derrota para a Ponte Preta e me baseio pelo que li e ouvi de quem acompanhou a partida. O time foi frágil e não soube sustentar a vantagem que abriu no placar. Principalmente pela instabilidade da zaga, exposta cada vez que há a necessidade de utilizar um reserva. Nada desesperador, jogando em casa a Ponte era favorita, mas vale o alerta.

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