• Carregando...

Vocês devem estar adorando, né?", disse Felipe Massa ao encontrar os jornalistas brasileiros no motorhome da Ferrari após o GP de Mônaco da F-1. É, Felipe, realmente devemos admitir: este ano tem sido bem mais fácil encontrar boas histórias para escrever do que aquela série de vitórias de Sebastian Vettel no ano passado.

Se apenas um piloto estivesse quebrando a hegemonia do bicampeão da Red Bull, já seria muito bom do ponto de vista jornalístico, mas 2012 entrou para a história como a primeira vez em que seis pilotos diferentes venceram os seis primeiros GPs. Esta sequência recorde mostra que a palavra equilíbrio é a melhor para definir a temporada deste ano.

Mesmo sendo uma corrida sem ultrapassagens, a prova em Mônaco teve como destaque três pilotos de três equipes diferentes no pódio e os seis primeiros separados por apenas seis segundos – uma diferença ínfima para uma corrida com 78 voltas e apenas um safety car logo no começo da prova.

A vitória de Mark Webber pode indicar uma reação da Red Bull (a única equipe até aqui a vencer duas corridas em 2012), mas está longe de um retorno ao domínio dos dois anos anteriores. Já a Ferrari, que começou o ano sobre tremenda pressão e cuja vitória de Alonso parecia apenas uma mágica do espanhol, dá claros indícios de melhora.

Massa fez boa prova e poderia ter ido até ao pódio caso conseguisse uma posição melhor de largada – e ele foi o mais rápido no Q2, mas pegou tráfego no Q3. Já Alonso, de pódio em pódio, vai liderando um Mundial em que, na ausência de favoritos, cada pontinho fará diferença. O espanhol sabe disso e já fez esta leitura do campeonato logo no começo do ano – por isso ficou tão feliz com o terceiro lugar nas ruas de Monte Carlo, como ficou evidente em seu semblante após o GP.

E a próxima corrida será no Canadá, onde, mesmo em anos com equipes dominantes, a corrida costuma ser bastante movimentada – para não dizer "maluca". Em uma temporada tão imprevisível quanto a de 2012, o sétimo vencedor em sete corridas não parece uma aposta assim tão arriscada. Lewis Hamilton, por exemplo, é forte candidato: anda bem lá (venceu a sua primeira corrida lá na F-1) e a McLaren venceu a edição de 2011 (com Jenson Button passando Vettel na volta final).

Agora, não me pergunte se eu arriscaria um palpite para o vencedor em Montreal. Sendo sincero, aposta por aposta, é mais fácil tentar a sorte aqui no Casino de Monte Carlo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]