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Diretoria, comissão técnica e jogadores do Coritiba certamente dirão nos próximos dias que há tempo de sobra para reverter a situação no Brasileirão, afinal de contas restam 19 rodadas para o fim do campeonato. Aparentemente, é mesmo bastante coisa e dá uma boa margem de manobra. Mas não é bem assim. No caso do Alviverde, definitivamente não é.

Da mesma forma que o primeiro turno passou voando, o segundo também passará. E talvez ainda mais rápido, já que não tem parada para Copa do Mundo para distrair e dar um respiro. É jogo em cima de jogo. Quem estiver assentado, com o time definido e com entrosamento em dia, vai se dar bem e vai até o fim na boa. Quem não tem esse luxo, vai precisar achar uma fórmula para fazer o tempo passar mais devagar. No Coxa, os ponteiros estão a mil.

É caso de urgência no Alto da Glória. Problema de Marquinhos Santos, que chegou há duas rodadas – muito tarde, aliás –, e vai ter de encontrar um jeito de fazer o time jogar o mínimo para garantir algumas vitórias. Nem precisa de muita coisa. Quem sabe umas cinco, com mais uns seis empates, sejam suficiente para escapar.

Das 19 rodadas deste Brasileirão, 16 foram na zona de rebaixamento. E sair dali sempre esteve muito próximo, a uma vitória ou mesmo a um empate. Assim como está hoje. Um triunfo contra a Chapecoense amanhã pode tirar o Coritiba do Z4. Só que atravessar essa pequena distância tem sido um martírio.

O drama do Coxa é exatamente esse. Tudo parece possível, atingível. Enquanto o pensamento do "achar que dá" prevalecer, pode esquecer, não vai dar. O mundo real tem demonstrado ser bem mais complicado, mais distante, mais sombrio. Por isso, é preciso admitir que a situação é muito pior do que parece. Só um milagre resolve. E trabalhe-se, então, por esse milagre.

Um sofrimento ainda maior para a torcida, que parece estar largando e admitindo que não tem jeito, que 2015 é ano de Série B, novamente. Ir ao Couto Pereira, antes uma quase certeza de bons momentos, transformou-se em tortura. Ver aqueles 11 trajando a camisa alviverde não têm sido uma jornada das mais fáceis.

O jeito é cobrar, gritar, espernear. Porque contratar não dá. Tem que faça isso no Coritiba, apesar de que não faz bem feito. Aliás, muito mal feito. São esses equívocos nos "reforços pontuais" que se perpetuam nos últimos anos, arrancam dinheiro do clube e afundam a equipe.

O resultado disso é o que se vê em campo: um futebol digno de Segunda Divisão. Simplesmente porque esse time não tem espaço na elite. Pode até ficar, dependendo muito do que Marquinhos Santos tirar de onde não tem para, então, dar um alento à torcida. E pensar que ele não tem Alex por tempo indeterminado.

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