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Novas camisas da seleção brasileira para Copa da África do Sul | Divulgação / Nike
Novas camisas da seleção brasileira para Copa da África do Sul| Foto: Divulgação / Nike

Camisa, manto, peita, uniforme, jogadeira, fardamento, segunda pele. Ter uma camisa oficial do time do coração ou da seleção nacional é uma realização pessoal para todo boleiro/torcedor que se preze. Se o preço dos modelos oficiais assusta (e muito), o mais apaixonado faz apelos emocionados para ganhá-las no Natal, de aniversário, dia dos namorados. Tenta arrematar uma no bingo da igreja, ou apelar mesmo paras as genéricas, compradas em um varal de sinaleiro ou camelô qualquer, dos tantos espalhados pela cidade.

Nascida junto com o futebol, as camisa das seleções de todo o mundo evoluem no mesmo ritmo que o esporte mais popular do Brasil. Desde os primeiros modelos, feitos de algodão grosso e pesado – que absorvia o suor como uma esponja -, com escudos costurados à mão, passando pelos já quase obsoletos dry-fits, chegando ao moderno modelo deste ano, fabricado com base em um poliéster plástico criado a partir de garrafas do tipo pet. Hoje os tecidos expelem o suor, não mais o absorvem.

A Seleção Brasileira começou sua história no mundo dos uniformes em 1914, com predominância do branco, com faixas azuis nos braços, e cordões para ajustar o modelo na altura do peito. Dois anos mais tardes a camisa ganhou listras verticais nas cores verde e amarelo, causando polêmica por agradar a muitos, mas causar estranheza em outros tantos. Até 1950 os modelos com predominância do branco prevaleceram sobre os demais, mas periodicamente as camisas recebiam modificações (bem como os escudos nelas estampados).

Em 1917 um modelo todo em vermelho causou ainda mais estranheza e vestiu o selecionado brasileiro nas disputas dos jogos Sul-Americanos e em amistosos de 1918. Depois os modelos azuis ganharam espaço (vestiram a equipe na primeira Copa do Mundo, em 1930). O insucesso da seleção na Copa de 1950, disputada no Brasil, causou um trauma na torcida e a camisa toda branca foi definitivamente abolida. A partir de 1952, após um concurso feito pelo jornal Correio da Manhã, a camisa toda amarela, a canarinho, foi escolhida e até hoje é o principal uniforme do Brasil.

Ter uma camisa da seleção, por mais simples ou esquisita que seja, eleva o seu manequim a um patamar único. Caboclo se sente mais um dos comandados de Dunga (mas, é claro, muito mais sabido que o ex-capitão da seleção). Vestir o manto do Brasil passa a se tornar obrigatório. Um amuleto. Seja ela do naipe que for. No mundo fantástico criado pela Copa do Mundo, a oficial da Nike tem o mesmo valor do que aquela bem safada, de algodão, comprada numa lojinha de turco em Janiópolis, interior do meu Paraná, com a inscrição: "O Tri já era, vamos ao Tetra Brasil". Na altura do peito, ambas ostentam o verde-amarelo (azul e branco também) que tanto amamos.

Que venha o hexa.

De qual modelo você gostou mais? Porque? Tem alguma camisa da seleção em casa que é seu amuleto da sorte? Conte-nos sua história!

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