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Visão panorâmica da Arena da Baixada e seu entorno | Antonio More/ Gazeta do Povo
Visão panorâmica da Arena da Baixada e seu entorno| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Copa das Confederações

Curitiba sonha com torneio teste

Curitiba saberá hoje qual deve ser o tamanho de sua preocupação. Se estiver incluída na lista das subsedes da Copa das Confederações, em 2013, a cidade terá a responsabilidade de finalizar sua preparação – ainda em estágio embrionário – em no máximo um ano. Esse prazo está dentro do previsto pelas autoridades locais, mas não permite novos atrasos. "Ocorreram algumas falhas nossas, por termos demorado em algumas decisões, mas em função do referencial de Curitiba, da estrutura, não tenho dúvida de que estaremos em 2013", opinou Luiz de Carvalho, secretário municipal.

A lentidão nas obras da Baixada tem assustado a Fifa, que estuda deixar de fora do evento-teste a Região Sul – Porto Alegre, que recebeu visita de Dilma e Pelé, será vetada como represália ao governo federal, que insiste em não emplacar as exigências legais feitas pela entidade. Segundo informações de bastidores em Zurique, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio têm vaga garantida em 2013. A lista teria ainda mais uma ou duas cidades. (SG)

Fifa beneficia Rio e São Paulo

A mais recente Copa a ter 12 subsedes, a da Alemanha, em 2006, foi democrática. Naquele ano, quatro cidades receberam seis jogos, enquanto o restante ga­­nhou cinco duelos em seus estádios. No Brasil, o roteiro a ser di­­vulgado hoje pela Fifa seguirá caminho contrário. Aspectos po­­líticos sobrepujaram os critérios técnicos. Assim, Rio e São Paulo serão beneficiados. O Maracanã terá impressionantes oito partidas no Mundial, enquanto o Ita­­que­­rão ficará com seis ou sete.

Como a Fifa pretende oferecer no mínimo quatro jogos para cada subsede, na prática a decisão de inflacionar a participação do eixo Rio-São Paulo significa restringir outras praças apenas a confrontos da primeira fase. Em 2006, todos os 12 estádios foram usados entre as oitavas de final e a grande final. Com tantos duelos em duas subsedes, a conta é simples: sobram nove jogos das fases de mata-mata para dez palcos espalhados pelo país.

A explicação para São Paulo passar de ameaçada a não estar na Copa a protagonista está nos bastidores. A reportagem apurou que patrocinadores fizeram questão de alertar a Fifa de que o mercado paulista era considerado fundamental para a exposição de suas marcas. A cidade terá ainda o sorteio dos grupos da Copa das Confederações.

Para o evento-teste de 2013, Brasília deve ficar com a abertura e Belo Horizonte com a decisão.

Da Redação e Agência Estado

A Fifa vai divulgar a partir das 13h50 de hoje (horário de Bra­­sí­­lia), em Zurique, na Suíça, o ca­­len­­dário completo dos jogos da Copa do Mundo de 2014, já com horários e cidades onde serão rea­­lizados. Essas informações darão o tom da importância de cada uma das 12 subsedes do evento no Brasil. Curitiba, envolvida neste processo, tem uma ambição ousada.

"Quan­­do entramos nesse projeto foi para competir de igual para igual com os outros centros. Por isso a expectativa é de que a cidade não tenha um papel de coadjuvante, mas de ator principal", disse o secretário municipal para As­­suntos da Copa, Luiz de Carvalho. "Seria triste ficar só com as partidas da primeira fase, mas tenho certeza de que isso não vai acontecer".

"Com um público de 42 mil torcedores na Arena, podemos chegar até as quartas de final. Mas é difícil avaliar e imaginar o que vão decidir", reforçou o se­­cretário estadual da mesma área, Mario Celso Cunha.

Apesar da confiança, a capital paranaense, que vai investir apro­­­ximadamente R$ 780 mi­­­lhões, não está entre as principais subsedes do evento, como São Paulo e Rio de Janeiro, que receberão a abertura e a final, respectivamente. Pelo contrário. Figura em um grupo que não deve ter grande destaque no Mundial.

O motivo está justamente na capacidade menor do estádio e na tímida influência política frente às outras sedes. Exemplo disso é que o município chegou a cogitar receber o centro de imprensa, mas desistiu cedo da ideia ao ver outros concorrentes se candidatarem – o quartel general da comunicação será no Rio.

A esperança de uma participação mais ativa está no fato de a Fifa já ter dado indícios de que cada subsede receberá ao menos quatro partidas. Nesse caso, a capital paranaense está sujeita a três cenários.

Na melhor das hi­­póteses, quatro duelos na primeira fase e um nas quartas de final. O segundo, com três jogos da fase de grupos e um das oitavas de final. O último, a pior hi­­pó­­tese, descartada pelo poder público, é a de que fique somente com confrontos da primeira fase.

Se o Comitê Organizador Local (COL), responsável por elaborar as versões do calendário – foram 57 tentativas nos últimos meses –, mantiver a fórmula aplicada no Mundial de 2006 na Alemanha, que também tinha 12 sedes, cada cidade poderá receber um jogo das fases de mata-mata, seja nas quartas ou nas oitavas de final.

A regra, contudo, pode ter sido alterada para privilegiar ci­­da­­des como Belo Horizonte, Bra­­sília, Fortaleza, Rio e São Paulo, que devem ficar com a cereja do bolo. É o fator político que, inclusive, determinou as 12 sedes, já que a Fifa queria usar de oito a dez estádios.

Colaborou: Sandro Gabardo

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