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Da esquerda para a direita: Jorge Durao, Eduardo Bastos de Barros, Samir Namur, Paulo Roberto Baggio Pereira e Anibal de Paulo Mesquita Junior. | /
Da esquerda para a direita: Jorge Durao, Eduardo Bastos de Barros, Samir Namur, Paulo Roberto Baggio Pereira e Anibal de Paulo Mesquita Junior.| Foto: /

O advogado Samir Namur, 34 anos, é o primeiro candidato oficializado na disputa pela presidência do Coritiba . Ele encabeça a chapa ‘Coritiba do Futuro’ que teve a candidatura inscrita na última sexta-feira (3) e é composta pela ala jovem do atual Conselho Deliberativo.

Outras duas chapas vão concorrer, mas ainda não foram inscritas. O prazo se encerra na próxima quinta-feira (9). A eleição coxa-branca será em 9 de dezembro e contará com a participação de cerca de 6,7 mil sócios.

Namur foi presidente do Deliberativo do início de 2016 até setembro de 2017. Ele é graduado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e tem no currículo os títulos de mestre e doutor em direito civil pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente é professor da UFPR.

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Além de Namur, os integrantes do Conselho Administrativo serão: Paulo Roberto Baggio Pereira (1.º vice-presidente), Jorge Durao (2.º vice-presidente), Eduardo Bastos de Barros (3.º vice-presidente) e Anibal de Paulo Mesquita Junior (4.º vice-presidente).

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Em entrevista por escrito à Gazeta do Povo, Namur criticou a gestão Bacellar, prometeu rever a negociação das cotas de televisão do Paranaense e afirmou que irá cortar gastos no futebol para investir nas categorias de base. Também minimizou a construção de um novo estádio e analisou a negociação com jogadores do atual elenco e com o técnico Marcelo Oliveira.

A chapa Coritiba do Futuro é formada por integrantes que foram eleitos pela situação e apoiaram Rogério Bacellar. O atual presidente e seus diretores de confiança terão espaço para integrar cargos na sua gestão?

A Chapa Coritiba do Futuro refuta qualquer rótulo de situação ou oposição dentro da política do clube. Em verdade, esses são termos que deturpam completamente o papel de gestor e de conselheiro. Isso porque uma vez eleitos, cabe ao gestor gerir o clube e ao conselheiro cobrar. Independente de lado, cabe apontar o que está certo e o que está errado. E foi justamente por discordar de vários aspectos da atual administração que a chapa Coritiba do Futuro lançou candidatura totalmente independente e sem qualquer apoio dos atuais gestores. Portanto, ninguém do conselho administrativo atual, nem mesmo “diretores de confiança”, terá espaço na nossa gestão.

Quais as críticas e os elogios à atual gestão?

Os únicos pontos a serem elogiados na gestão atual são a quebra da inércia do aumento da dívida do Clube (que foi de 119 milhões em 2011 para 202 milhões em 2014) e o fim da administração com antecipações de receita (essa gestão teve 40 milhões em receitas antecipadas pela gestão anterior).

São várias as críticas: ausência de gestão profissional de futebol (alto número de jogadores contratados), pouco espaço para atletas da base, ausência de estratégia de comunicação, baixo investimento em patrimônio, ausência de reforma administrativa, entre outras.

Nos últimos três anos, o Coritiba estreitou a relação com o Atlético. Essa política seguirá sendo adotada?

O Coritiba deve estar aberto a parcerias com quaisquer clubes, desde que essa parceria traga benefício para o Coritiba e para a torcida. Todavia, não existe possibilidade de parceria se a torcida do Coritiba é desrespeitada (por exemplo com aumento abusivo de preço de ingresso em clássico no setor visitante ou com necessidade de medidas judiciais para que receba a carga mínima prevista em lei).

O clube irá seguir o Atlético na negociação das cotas de televisão do Paranaense?

O Coritiba deve seguir o que entender que seja melhor para si e sua torcida, independente da postura de outros clubes. Caso seja eleito, entendo que deve haver sim negociação sobre cota de TV (tanto do Paranaense quanto da Primeira Liga) e, caso as propostas sejam financeiramente boas para o Coritiba, pode sim o clube assinar contratos para transmissão dos jogos nesses campeonatos.

Como será gerenciado o futebol do clube? Os diretores Alex Brasil e Ernesto Pedroso seguirão no comando do departamento?

Não seguirão. Uma de nossas principais propostas é a profissionalização do departamento de futebol. Não haverá no G5 um “homem do futebol”. Ainda que com a supervisão direta do presidente e do G5 e o estabelecimento de alguns parâmetros (por exemplo tamanho máximo de elenco de 36 atletas e 1/3 de atletas da base), as decisões serão tomadas por um profissional contratado, com experiência e conhecimento de mercado e gestão. E esse profissional é que será cobrado pelos resultados.

Em relação ao elenco para o próximo ano, o investimento em contratações será maior do que em 2017?

Menor. Defendemos o equilíbrio financeiro do clube e cumprimento do orçamento para que não haja aumento da dívida, juros e passivos cíveis e trabalhistas. Aliado a isso, os atletas das categorias de base terão mais espaço no elenco profissional, seja pela resposta técnica que podem dar e, principalmente, por que a longo prazo serão fonte de receita para o clube. Esse ano o Coritiba contratou 23 jogadores de fora. Essa medida automaticamente impede a utilização da base. Reduzir o número de contratações é ao mesmo tempo aumentar o espaço que a base tem no futebol.

Vinte e dois jogadores têm contrato só até o final do ano. Como será feita a negociação com estes atletas? Destes, quem tem prioridade para seguir em 2018?

Essas decisões serão tomadas no âmbito do departamento de futebol, que deverá decidir com base no orçamento, tamanho do elenco (36 atletas) e necessidade de composição mínima de 1/3 da base no profissional.

Você irá negociar a renovação com o Marcelo Oliveira ou buscar um novo treinador?

Essa decisão será tomada pelo novo diretor de futebol junto com a diretoria. Seja o Marcelo ou não, o técnico do clube deverá ter perfil de trabalhar com orçamento, tamanho máximo de elenco e, principalmente, aproveitamento da base.

Como a ‘Coritiba do Futuro’ irá trabalhar com os projetos de construção de um novo estádio?

O Couto Pereira é a casa da torcida do Coritiba e temos muito orgulho, pois foi construído com o esforço de várias gerações de Coxas Brancas. No entanto, é evidente que precisa de melhorias. O assunto estádio precisa sim ser tratado, pois ele diz respeito à segurança e conforto do nosso torcedor. Por isso, dentro da previsão orçamentária deve haver sim gasto com estádio (o mesmo vale para o CT). Acredito que a construção de um novo estádio só pode existir se houver dinheiro para isso, que não é o caso. Um passo importante no momento seria o de conseguir a alteração no zoneamento do terreno do Couto Pereira. Isso poderia atrair investimentos para construção em espaços do imóvel (estacionamento por exemplo) e utilizaríamos os recursos em melhorias no estádio.

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