O Coritiba visita o Fluminense, nesta quinta-feira (9), às 21 horas, no Maracanã, para dar sequência ao bom momento vivido no Brasileirão e ampliar a distância para a zona de rebaixamento. A recente guinada de desempenho do Coxa na disputa contou com um ingrediente essencial vindo dos bastidores: o trabalho do motivador Evandro Mota – responsável pelo trabalho emocional da seleção brasileira na conquista do tetra, em 94; assim como do Inter campeão mundial de clubes, em 2006.
Requisitado como coach, palestrante e consultor de melhoria de desempenho, Mota chegou ao Alto da Glória após a derrota por 3 a 2 para o Botafogo, em pleno Couto Pereira, pela 25.ª rodada. O revés deixou o time na vice-lanterna, com 27 pontos, e ampliou o desgaste emocional vivido pelo elenco. O aproveitamento alviverde na Série A era de 36%. O pensamento negativo do elenco, algo diagnosticado nos bastidores, levou a diretoria coxa-branca a apostar neste trabalho extracampo.
TABELA: Veja a classificação e os jogos do Brasileirão
Com o trabalho do motivador, o rendimento subiu. Desde sua chegada, foram sete partidas, com aproveitamento de 52,3%. Nos últimos quatro jogos, são três vitórias e um empate, que deixaram a equipe com 38 pontos e um alívio momentâneo na briga para fugir do rebaixamento.
Internamente, o trabalho desempenhado por Mota é classificado como fundamental no Coritiba. A avaliação é de que, após o título estadual e o bom desempenho no início da Série A, o elenco sentiu o baque da queda de rendimento no Nacional. Situação agravada pela perda do atacante Kléber, primeiramente por longa suspensão e, em seguida, por lesão.
A baixa de um líder e referência técnica teve impacto profundo no elenco, que engatou uma série de partidas sem vencer. A análise da diretoria foi de que o time vinha jogando bem, mas deixando os resultados escaparem por fatores psicológicos. O presidente Rogério Bacellar chegou a falar em “mentalidade perdedora”.
É importante ressaltar que, desde 2014, o Coritiba não trabalha com um profissional de psicologia no dia a dia do time profissional. Apesar de não ser psicólogo, Mota veio para suprir parte desta lacuna organizacional.
Experiente, Mota não concede entrevistas. Ele é formado em engenharia e, desde 1982, desenvolver trabalhos ligados à motivação do esporte.
Ficha técnica
Fluminense: Diego Cavalieri; Lucas, Henrique, Renato Chaves (Reginaldo) e Marlon; Douglas, Wendel e Sornoza; Gustavo Scarpa, Marcos Júnior e Henrique Dourado. Técnico: Abel Braga.
Coritiba: Wilson; Léo, Werley, Cleber Reis e Thiago Carleto; Jonas, Alan Santos, Tiago Real e Yan Sasse; Rildo e Henrique Almeida. Técnico: Marcelo Oliveira.
Arbitragem: Ricardo Marque Ribeiro (MG-Fifa), auxiliado por Guilherme Dias Camilo (MG-Fifa) e Sidmar dos Santos Meurer (MG).
Transmissão: SporTV e Premiere.
Fique de olho
Thiago Carleto
Após um período na reserva, Carleto virou o dono da lateral-esquerda alviverde, participando diretamente da melhoria de desempenho no Brasileirão e se transformando em importante arma ofensiva nas bolas paradas.
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