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Mauro Cavanha, atual campeão brasileiro de triatlo olímpico, é uma das revelações do estado do Paraná com chances de brilhar internacionalmente. Esperança é que a Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, ajude a trazer investimentos desde já | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Mauro Cavanha, atual campeão brasileiro de triatlo olímpico, é uma das revelações do estado do Paraná com chances de brilhar internacionalmente. Esperança é que a Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, ajude a trazer investimentos desde já| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

O Paraná tem o único atleta do país (Juraci Moreira) a participar de todas as Olimpíadas em que o triatlo foi disputado. Tem o atual campeão brasileiro de triatlo olímpico (Mauro Cavanha) e o atual campeão pan-americano júnior (Fellipe Gomes Santos). Ainda é a terra natal do vice-campeão de cross triatlo (Felipe Mo­­letta) e do brasileiro melhor colocado na etapa nacional na prova de longa distância, o Ironman (Guilherme Manoc­­chio). E é sede de uma das provas da modalidade mais tradicionais do país, o Sesc Triatlon Caiobá, disputado 22 vezes.

Lista que colocaria o estado como um dos principais polos do esporte no Brasil. Mas a falta de investimentos e de representatividade faz com que o esporte pouco tenha evoluído nos últimos anos em terras paranaenses. Por dívidas acumuladas, a Fede­­ração estadual da modalidade está, desde 2004, sem comando. Assim, muitos atletas filiaram-se em outros estados, onde recebem para competir.

Sem representatividade, não há como se precisar quantos tria­­tletas, profissionais e amadores, o estado tem atualmente. "O Pa­­raná não tem competições que somem pontos para um ranking classificatório. E os atletas têm de, sozinhos, buscar su­­porte pa­­ra competir", diz o triatleta Luiz Iran Guimarães, dono de uma empresa de eventos de triatlo.

A ausência da Federação, diz Luiz Iran, tem data para acabar. Ele e um grupo de atletas estão organizando a reabertura da instituição para o início de 2011. "Vamos acertar a dívida existente hoje da Federação [de R$ 35 mil] com o dinheiro das filiações que vamos fazer. Assim, poderemos buscar melhores condições para o esporte", fala.

Rio

A dificuldade em angariar patrocinadores para os atletas também pode diminuir nos próximos anos. "Os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, é um co­­meta de oportunidades. O es­­porte tem de estar preparado para pegá-lo. Conseguir patrocínio para triatlo é um desafio em todo o país, pela falta de visibilidade do esporte, que pouco a­­­­traiu a televisão. Isso tende a mu­­dar nos próximos anos. Os atletas que souberem apresentar propostas sérias ao empresariado vão se beneficiar", afirma o diretor técnico da Confederação Brasileira de Triathon (CBTri), Marco La Porta.

Ele destaca que o Paraná tem ídolos em potencial, que têm de ser incentivados para não migrarem para outros estados. "Além do Juraci, que busca sua quarta participação em uma Olimpíada [hoje, o atleta está no Quênia, disputando uma das etapas que contam pontos para o ranking da União Internacional de Tria­thlon], tem o Mauro Ca­­­va­­nha, com chances de competir em Londres [2012], o Fellipe Go­­mes Santos e o Eduardo Lass, dois atletas do júnior que bem podem disputar os Jogos de 2016".

Fazer com que os atletas te­­nham condições de treinamento em seus estados de origem, complementa La Porta, contribui para o crescimento nacional da modalidade. "O esporte não vive sem ídolos. Imagina a inspiração que é para um jovem atleta paranaense poder competir ao lado do Juraci, do Mauro? Se cada estado revelar dois ou três jovens atletas ao ano, teremos mais de 60 novos atletas competindo em alto nível", fala.

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