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Ex-presidente da FIA e responsável pela entrada de Marussia e Caterham na F-1 em 2010, Max Mosley acredita que os dois times não serão os únicos a ter problemas e possivelmente serem obrigados a deixar a categoria.

De acordo com o inglês, que comandou a entidade responsável pelo automobilismo de 1993 a 2009, caso não sejam implementadas medidas para baixar os custos do esporte, as saídas das duas equipes – até o momento de maneira provisória – é apenas o início.

"[A F1] não é mais uma competição justa. O grande problema é que os times grandes têm muito mais dinheiro do que equipes como Caterham e Marussia. No fim das contas, eles estão fadados a desistir e não serão os únicos", declarou Mosley.

Na semana passada, a Caterham foi colocada sob administração judicial e anunciou que não disputaria o GP dos EUA, que acontece neste domingo, para tentar encontrar novos investidores.

Nesta segunda-feira foi a vez de o mesmo ocorrer com a Marussia , o que fará com que o grid da prova no Texas seja o menor desde o GP de Mônaco em 2005.

Segundo o ex-presidente da FIA, que sempre foi favorável à implementação de um teto orçamentário na F1 para que as equipes gastassem menos, o dinheiro deveria ser distribuído de maneira mais justa entre os times.

"Do ponto de vista esportivo, o esporte deveria dividir a receita igualmente e deixar as equipes livres para tentar encontrar quanto patrocínio elas quiserem.

Um time como a Ferrari sempre vai conseguir mais verba com patrocínio do que a Marrusia, mas se eles receberem basicamente o mesmo montante de quem comanda o esporte, a disputa será mais equilibrada, especialmente se você tiver um teto no qual cada um tem um limite para gastar", afirmou Mosley, que foi substituído por Jean Todt na FIA.

Estima-se que equipes como Ferrari, Red Bull e Mercedes gastem algo em torno de R$ 800 milhões por temporada. Já as nanicas, como Caterham e Marussia têm orçamento de cerca de R$ 200 milhões a R$ 240 milhões por ano.

A troca dos motores V8 que eram usados até o ano passado para os v6 turbo neste ano fizeram com que os times tivessem que investir pesado para se adaptar às novas regras.

"Sou a favor de motores 'verdes'. O erro foi não ter dito às fornecedoras que elas poderiam gastar o quantos quisessem em pesquisa, mas o máximo que elas poderiam cobrar por seus motores no ano seria algo em torno de R$ 12 milhões a R$ 16 milhões ao invés dos R$ 60 milhões a R$ 80 milhões que acredito que elas cobrem hoje em dia", completou Mosley.

Pelo regulamento da F1, o número mínimo de carros no grid deve ser de 20. Caso o número seja menor, a FIA pode pedir que alguns times coloquem três carros para correr, apesar de as regras não serem exatamente claras neste sentido.Segundo Mosley, porém, a categoria não deve seguir este caminho e sim tentar ter mais equipes."Você deveria ter dez ou 12 times de dois carros cada um e as regras deveriam ser feitas de uma maneira que se você tem um bom carro começando no fim do grid você pode trabalhar seu caminho até avançar."

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