• Carregando...
 | JOHN THYS/AFP
| Foto: JOHN THYS/AFP

O alemão Nico Rosberg fez sua parte neste domingo (28), no circuito de Spa-Francorchamps. O piloto da Mercedes escapou dos contratempos da tumultuada primeira volta do GP da Bélgica, sustentou a ponta da largada à bandeirada final e aproveitou a distância para Lewis Hamilton, que largou em penúltimo lugar, para faturar sua sexta vitória no ano.

No entanto, o alemão viu uma reação incrível de Hamilton na 13ª corrida da temporada. Tirando vantagem de batidas, entrada de safety car e imprevistos com rivais, o inglês terminou a prova na terceira colocação, atrás somente de Rosberg e do australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull. Entre os brasileiros, Felipe Massa foi o décimo e Felipe Nasr, o 17º.

A grande performance deve aumentar ainda mais a confiança de Hamilton para a sequência do campeonato. Precisando chegar em sétimo para sustentar a liderança do Mundial de Pilotos, ele agora soma 232 pontos, com vantagem de nove sobre Rosberg, após cruzar a linha de chegada em terceiro. Para o alemão, o resultado serviu para reduzir a vantagem do companheiro de Mercedes e ainda encerrar a sequência de quatro vitórias seguidas do inglês.

A corrida

O GP da Bélgica contou com uma das largadas mais tumultuadas da temporada. Muitos toques entre os carros, pneus furados e saídas de pista movimentaram da segunda até a última posição do grid. Somente Rosberg ficou imune ao agito, ao sustentar a primeira colocação, sem ser ameaçado.

Isso porque Verstappen, que largou ao seu lado, teve uma saída lenta e quase foi ultrapassado pelos carros da Ferrari. Em uma disputa apertada, ele dividiu a pista com os dois rivais. Sebastian Vettel, por fora, pressionou Kimi Raikkonen contra o holandês e levou a pior, caindo para o pelotão do fundo. O finlandês e Raikkonen precisaram ir aos boxes. O piloto da Ferrari até teve um princípio de incêndio em seu carro, mas se manteve na corrida.

A movimentada primeira volta da prova belga teve ainda o abandonos de Carlos Sainz Jr., Jenson Button e Pascal Wehrlein. As idas aos boxes e saídas de pista beneficiaram os pilotos brasileiros. Massa, que largou em décimo, já aparecia em quarto na segunda volta. E Nasr, que saiu em 16º, figurava em 11º.

O piloto da Williams, porém, resolveu fazer aposta arriscada ao correr para os boxes para a primeira troca de pneus logo no começo, diante do sinal de safety car virtual, em razão dos contratempos da primeira volta. Massa tirou os compostos supermacios e colocou os pneus macios, pouco mais resistentes.

O safety car virtual se tornou real quando Kevin Magnussen bateu forte na famosa curva Eau Rouge, na sétima volta. Inicialmente, a maior parte dos pilotos foi para os boxes para aproveitar a oportunidade. Mas logo a direção de prova decidiu pela bandeira vermelha, paralisando a corrida na décima.

Os carros se enfileiraram no pit lane, nos boxes, e só voltaram à pista 15 minutos depois, ainda sob safety car. Todo o tumulto das dez primeiras voltas em Spa beneficiou diretamente dois pilotos do grid: Fernando Alonso e Lewis Hamilton. Largando das últimas posições, eles conseguiram se aproximar dos primeiros colocados após tantas reviravoltas, causadas pelas seguidas trocas de pneus dos rivais.

Quando o safety car deixou a pista, Alonso já aparecia em quarto e Hamilton, em quinto, sendo seguido por Massa. Rosberg liderava, com Ricciardo e Hülkenberg logo atrás. Alonso e Hamilton ascenderam rapidamente no pelotão porque largaram de pneus médios, os mais resistentes à disposição dos pilotos nesta etapa, e não pararam nas primeiras voltas.

Com a disputa liberada novamente, Hamilton logo superou a McLaren do espanhol e a Force India do alemão Nico Hülkenberg. E, mesmo depois de sua primeira parada, na 22ª volta, não demorou para trocar a nona pela terceira posição, atrás somente de Ricciardo, da Red Bull, e Rosberg.

Nem mesmo a segunda parada nos boxes atrapalhou o crescimento do inglês na corrida. Ao trocar os pneus na 33ª volta, retornou atrás de Hülkenberg. Hamilton só precisou de uma volta para deixar o alemão novamente para trás. Daí em diante, o piloto da Mercedes se conformou com terceira a posição, já que Ricciardo tinha vantagem de dez segundos. Rosberg, quase passeando no traçado belga, sustentava liderança de quase 12 segundos.

Felipe Massa, por sua vez, conseguiu somar um ponto ao terminar na mesma décima posição em que largou. O brasileiro alternou bons e maus momentos, como a ultrapassagem sobre Vettel e a perda de posição para Sergio Pérez na metade da prova. Ele não teve ritmo suficiente para brigar com Raikkonen, Valtteri Bottas e Alonso, que disputaram a sétima posição.

Felipe Nasr, após figurar em 11º, voltou a sofrer com a inconstância da Sauber. Para piorar, sofreu novamente punição por tirar os quatro pneus da pista, ao atacar uma das zebras do traçado. Ele já havia sido punido no sábado pelo mesmo motivo. Desta vez o erro lhe custou cinco segundos. Terminou em 17º, na última colocação.

A maior decepção do dia, contudo, foi Max Verstappen. Maior atração da torcida belga, o piloto nascido na Bélgica mas radicado na Holanda perdera rendimento após o toque sofrido na primeira curva e não conseguiu mais se recuperar na corrida. Ele ainda levantou o público com uma boa briga com Raikkonen, e seguidos toques entre eles, mas não passou da 11ª posição, sem somar pontos, após largar em segundo.

A próxima etapa da temporada 2016 da Fórmula 1 será disputada já no próximo fim de semana, na Itália, em Monza, no dia 4 de setembro.

Confira a classificação final do GP da Bélgica:

1º - Nico Rosberg (ALE/Mercedes), em 1h44min51s058

2º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 14s113

3º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 27s634

4º - Nico Hülkenberg (ALE/Force India), a 35s907

5º - Sergio Pérez (MEX/Force India), a 40s660

6º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 45s394

7º - Fernando Alonso (ESP/McLaren), a 59s445

8º - Valtteri Bottas (FIN/Williams), a 60s151

9º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 61s109

10º - Felipe Massa (BRA/Williams), a 65s873

11º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 71s138

12º - Esteban Gutiérrez (MEX/Haas), a 73s877

13º - Romain Grosjean (FRA/Haas), a 76s474s 0

14º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a 87s097

15º - Jolyon Palmer (ING/Renault), a 93s165

16º - Esteban Ocon (FRA/Manor), a 1 volta

17º - Felipe Nasr (BRA/Sauber), a 1 volta

Não terminaram a prova:

Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso)

Jenson Button (ING/McLaren)

Pascal Wehrlein (ALE/Manor)

Kevin Magnussen (DIN/Renault)

Marcus Ericsson (SUE/Sauber)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]