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Iker Casillas levanta mais um troféu, após um jogo em que os espanhóis tornaram fácil o difícil | Kerim Okten/ EFE
Iker Casillas levanta mais um troféu, após um jogo em que os espanhóis tornaram fácil o difícil| Foto: Kerim Okten/ EFE

Na véspera da final, o meia Xavi se mostrava frustrado com o seu rendimento na Eurocopa. "Gostaria de ter sido mais decisivo do que fui", disse o jogador do Barcelona. Mas ontem o seu futebol iluminou o Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia, e enfim ele saiu de campo satisfeito. "Desta vez fui determinante para o resultado".

O resultado? 4 a 0 sobre a Itália, título da Euro-2012 e mais uma coleção de feitos que reafirmam a Espanha como maior força do futebol atual. Foi o placar mais elástico em uma final de Euro. Também a primeira vez que um país venceu duas edições seguidas do torneio.

Entre as conquistas, os es­­panhóis ainda ganharam a Copa do Mundo, estabelecendo outra sequência inédita. Com três taças no total – além do atual bicampeonato, levou o troféu europeu em 1964 –, a Espanha divide com a Alemanha o posto de maior campeã do continente. Tudo construído com muita posse de bola, paciência e trocas de passe.

Demorou 13 minu­­tos para essa combinação abrir a de­­fesa italiana. Lançamento de Iniesta, cruzamento de Fà­­bregas e gol de David Silva. En­­tão começou o show de Xavi. Ele deu duas assistências com sua marca registrada: toque entre os zagueiros, deixando um companheiro na cara do goleiro.

No segundo gol, ainda na etapa inicial, o felizardo que recebeu um desses presentes foi o lateral-esquerdo Jordi Alba – seu novo companheiro no Barcelona. O ter­­ceiro, a sete minutos do fim, foi o centroavante Fernando Torres. El Niño, que havia feito o gol do título de 2008, tornou-se o primeiro jogador a marcar em duas finais de Euro. O atacante do Chelsea ainda deu a assistência para Juan Ma­­ta fechar o placar.

"Foi nossa atuação mais completa. Tivemos espaços e soubemos aproveitá-los para jogar como gostamos. A verdade é que fomos muito superiores", afirmou Xavi. O goleiro Iker Casillas corroborou a tese. "Ninguém pode pensar que um 4 a 0 sobre a Itália é fá­­cil, mas tornamos fácil o difícil", disse o goleiro do Real Ma­­drid.

Os italianos deixaram o gramado naturalmente decepcionados, mas conformados por terem perdido para uma seleção que vem construindo uma hegemonia no futebol mundial e foi superior nos 90 minutos da partida. Por isso, o técnico Cesare Prandelli fez questão de elogiar o adversário.

"A Espanha fez história, merece. Vem jogando um futebol fantástico nos últimos quatro anos e tem jogadores de um nível magnífico", declarou o treinador, que viu seu time ficar com dez jogadores a partir da metade do segundo tempo – Thiago Motta se machucou, Prandelli já havia mudado três vezes e a Azzurra teve de concluir a partida com dez.

Goleiro e capitão da Itá­­lia, Gianluigi Buffon con­­cor­­dou com o técnico e exal­­­­tou a atua­­ção da seleção espanhola. "Nesta noite não houve como contestar, eles foram muito superiores. Então, o amargo por ter perdido a decisão é apenas relativo", garantiu.

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