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Luiz Sallim Emed, presidente do Atlético, e Alceni Guerra, vice do Coritiba: clubes  paranaenses vão jogar a Primeira Liga, | /
Luiz Sallim Emed, presidente do Atlético, e Alceni Guerra, vice do Coritiba: clubes paranaenses vão jogar a Primeira Liga,| Foto: /

As diretorias de Atlético e Coritiba confirmaram que não vão acatar o veto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à Primeira Liga. Os dois clubes paranaenses lamentaram a decisão da CBF nesta segunda-feira (25) e não se surpreenderam com a proibição imposta. Em nota, a a entidade que rege o futebol brasileiro declarou que só vai permitir que sejam disputados os jogos marcados até o dia 30 de janeiro, com caráter amistoso.

Em nota, CBF veta a Primeira Liga

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O presidente do Atlético, Luiz Sallim Emed ,classificou o veto como uma violência ao direito dos clubes e garantiu que o Furacão vai participar da Primeira Liga. “Vamos seguir o calendário. Vindo da CBF não é surpresa e a gente lamenta muito a decisão. Vamos tentar uma negociação com a CBF, se nós não conseguirmos, vamos buscar o caminho na Justiça para preservar os nossos direitos, desde que não tenhamos nenhum dano ao nosso patrimônio”, afirma Sallim.

O Coritiba manteve a mesma postura. O vice-presidente do Coxa, Alceni Guerra, disse que o presidente do Cruzeiro e da Primeira Liga, Gilvan de Pinho Tavares, já está tentando um acordo com a CBF para a realização do torneio. O dirigente alviverde criticou o veto, mas não se mostrou surpreso. “Vamos manter a nossa programação assim como todos os clubes participantes. Já era comentado nos bastidores que a CBF emitiria essa nota”, confirma Guerra.

Os clubes paranaenses também não temem uma possível retaliação da CBF com os clubes participantes da Primeira Liga. “Eles estão buscando apresentar essas dificuldades, ao invés de encontrar um caminho, eles querem medir forças. A gente não tem nenhum receio em relação a punições. Apenas queremos exercer nosso direito de jogar”, cobra o presidente do Atlético.

A direção coxa-branca, além de afirmar que a Liga trará benefícios financeiros ao clube, não tem medo de uma eventual punição da CBF e criticou a queda de braço entre as federações e os clubes. “Não queremos conflito, mas precisamos dessa competição para manter a saúde financeira do clube. É um efeito político forte e uma pressão principalmente da Federação Carioca de Futebol junto à CBF. Não tememos nenhuma represália”, explica Guerra.

A Primeira Liga se baseia na Lei Pelé, que em seu artigo 20 garante a soberania e a autonomia para as entidades esportivas que quiserem realizar competições regionais ou nacionais. E, segundo a legislação, é proibida qualquer intervenção das entidades de administração nas ligas que se mantiverem independentes.

Pelo calendário da Primeira Liga, Atlético e Coritiba estreiam quarta-feira (27). O Furacão encara o Fluminense às 19h30 em Volta Redonda (RJ). Já o Coritiba vai a Porto Alegre jogar com o Internacional às 21h45.

Nota da Primeira Liga

A Primeira Liga, através dos sites oficiais de alguns clubes que participam da competição, publicou uma nota oficial afirmando que o torneio seguirá como planejado. O texto ainda fala que os times que disputarão a competição “vem sendo constantemente prejudicados comercialmente” e a CBF não cumpriu a palavra de não intervir na Primeira Liga. Veja a nota abaixo na íntegra:

“Com referência a Resolução de Diretoria publicada no dia de hoje pela CBF, informamos que ela em nada afeta a preparação e organização da Primeira Liga para os jogos desta quarta e quinta-feira. Como já extensamente explicado pela Primeira Liga, a entidade mantém uma posição jurídica e desportiva de independência das federações e da CBF, com base nos arts. 16 e 20 da Lei Pelé. Como consequência disto, não existe a necessidade legal de buscar-se prévia autorização para a realização dos jogos que estão programados até o dia 31 de março.

A Primeira Liga e seus 15 integrantes vem sendo constantemente prejudicados comercialmente por sucessivas tentativas de intervenção e proibição de seus jogos. Tentamos dialogar a fim de buscar uma solução e inclusive havíamos recebido de parte da CBF, em mais de uma ocasião, uma garantia de não intervenção na Primeira Liga, o que hoje mostrou-se não ser verdade.

À Primeira Liga interessa dar uma resposta ao torcedor, que é o real motor do futebol nacional. Aguardamos todos os torcedores apaixonados por futebol em um dos 6 estádios que nesta quarta e quinta sediarão a nossa rodada inicial.

Independentemente de tudo isto, a Primeira Liga segue aberta ao diálogo com vistas ao enquadramento da competição no calendário oficial da CBF em 2017”.

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