7 motivos para acreditar que o Atlético pode se classificar para a Libertadores

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A vitória sobre o vice-líder Atlético-MG , fora de casa, na última quarta-feira (2), foi a demonstração que faltava ao Atlético.

De um elenco desacreditado no início do ano, quase rebaixado no Estadual, o time se transformou. Agora, a 16 rodadas do término do Brasileiro, voltou ao G4 e pode dizer claramente que tem como meta conquistar uma vaga na próxima Copa Libertadores. Além da campanha na Série A, o Furacão tem a Copa Sul-Americana como opção de caminho mais curto para tentar cumprir o objetivo.

ENQUETE: quem vai vencer o Atletiba?

A Gazeta do Povo listou sete motivos que exemplificam por que a equipe comandada por Milton Mendes pode, sim, invadir a América novamente.

Dupla de líderes

Walter e Weverton são os dois jogadores fora de série do elenco rubro-negro. Além da qualidade técnica inquestionável da dupla – o camisa 12 é o terceiro goleiro com mais defesas (57) e o camisa 18 ocupa a quinta posição na lista de artilheiros da Série A (6) –, ambos também são referência de liderança dentro do grupo. Para completar, eles ainda carregam a responsabilidade de serem os principais ídolos da torcida, algo certamente tentam retribuir em campo.

Fator Arena

Os números como mandante animam a campanha rumo à América. No Brasileiro, o time de Milton Mendes venceu sete vezes na Arena da Baixada, empatou três jogos e perdeu só um duelo (para o Fluminense, na 13.ª rodada). Ao todo, são 72% de aproveitamento ao lado da torcida, dado que reforça o momento de sintonia entre jogadores e arquibancada.

Milton Mendes

Pouco conhecido no cenário nacional até chegar ao Rubro-Negro, o treinador ganhou o grupo na primeira conversa, quando afirmou que confiava na qualidade dos jogadores e não queria reforços. A partir daí, o time deu uma guinada após a campanha de quase rebaixado no Paranaense. Apoiado em muita disciplina tática e em um ótimo ambiente de trabalho, Milton Mendes aposta no simples e em seu jeitão de boleiro para surpreender.

Atalho continental

Para quem acha que o Atlético não tem elenco para permanecer no G4 do Nacional, a Sul-Americana é a resposta. Prioridade máxima da diretoria, a competição dá uma vaga na uma vaga na fase classificatória da Libertadores. A ‘vantagem’ é que faltam apenas oito jogos para garantir essa classificação. Se passar pelo modesto Brasília, nas oitavas de final, o próximo adversário também não tem grande reputação: La Guaira (VEN), Sportivo Luqueño (PAR), Tolima (COL) ou Junior Barranquila (COL).

Juventude

Apesar de ter jogadores experientes, como a dupla de zaga titular formada por Kadu (29 anos) e o chileno Vilches (31), o Furacão tem sua base formada por jovens feitos dentro do CT do Caju. Os volantes Otávio e Hernani, que mal eram aproveitados pelos técnicos anteriores, foram resgatados por Milton Mendes e hoje são fundamentais – Otávio inclusive foi convocado amistoso da seleção olímpica. Junta-se a eles o meia Marcos Guilherme, cada vez mais maduro no alto de seus 20 anos.

União

A rodinha após cada jogo, com vitória, empate ou derrota, é um claro exemplo de que o elenco do Atlético está ‘fechado’, como diz o dicionário do futebol. Essa união é visível até mesmo fora do CT do Caju. Nas mensagens dos jogadores no Instagram, por exemplo, não é raro encontrar o termo família. Os jogadores e comissão técnica conseguiram reproduzir um clima totalmente favorável, fato que pode ser fundamental na perseguição do objetivo final em 2015.

Exemplo recente

Chegar à principal competição sul-americana com um elenco ‘barato’ e até desacreditado não seria novidade para o Rubro-Negro. Em 2013, após um início de temporada muito ruim, o clube arrancou a partir da contratação do técnico Vagner Mancini, na oitava rodada. Terminou o Brasileiro na terceira colocação e foi vice-campeão da Copa do Brasil. Um dado em especial deixa bem claro que a missão não é impossível: dois anos atrás, na 22.ª rodada, a equipe estava em quarto lugar – mesma posição que a atual.