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Joanderson marcou o primeiro gol do São Paulo contra o Atlético. | Anderson Gores/Folhapress
Joanderson marcou o primeiro gol do São Paulo contra o Atlético.| Foto: Anderson Gores/Folhapress

A manobra do Atlético para conquistar ao menos um título no “ano do futebol” fracassou no Morumbi. Mesmo com o reforço de cinco jogadores do elenco principal – os meias Bruno Mota e Marcos Guilherme e os atacantes Crysan, Ewandro e Marco Damasceno – o Furacão viu o São Paulo ficar com o título da Copa do Brasil Sub-20.

Nesta quarta-feira (24) à tarde, o Tricolor levou a melhor novamente, pelos mesmos 2 a 0 do confronto de ida, realizado na Baixada. Com o resultado, gols de Joanderson e David Neres, os paulistas levantaram o caneco da quarta edição da disputa, diante de um estádio vazio, e ainda ficaram com a vaga para a Libertadores da América da categoria.

A estratégia de emergência do Furacão só foi conhecida horas antes do confronto. Marcos Guilherme e Ewandro atuaram pelo time de cima no domingo (22), no Recife, no empate por 0 a 0 com o Sport. Bruno Mota e Crysan também integraram a delegação que foi ao Nordeste.

De última hora, o quinteto ficou com as posições de atletas que atuaram ao longo de todo o torneio. Entre eles, do meia Bruno Rodrigues, artilheiro do time com cinco gols, e do atacante nigeriano Dominic, outro destaque do conjunto do técnico Bruno Pivetti. A dupla entrou na partida com o placar já em 2 a 0 para o São Paulo.

Desde o início de 2014 afastado das categorias de base do clube, Marcos Guilherme exaltou a experiência. “Vim no meu limite para ajudar o Atlético, joguei em um estádio grande no Recife. Tentei ajudar a molecada, mas valeu a campanha para ajudar os meninos”, declarou, em entrevista à Rádio Banda B.

O artifício da diretoria atleticana ocorreu em período de intensa campanha eleitoral. Com o pleito marcado para 12 de dezembro, na Baixada, há a possibilidade de quatro chapas concorrerem – além da situacionista CAPGigante, do atual presidente Mario Celso Petraglia, três grupos de oposição.

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E na batalha eleitoral por votos, a situação sofre com a escassez de títulos. Nos quatro anos à frente do clube (desde 2012), a única taça conquistada foi do torneio amistoso Marbella Cup, realizado num balneário na Espanha. Com a promessa de Petraglia de 2015 ser o “ano do futebol”, o sub-20 era a chance de minimizar a sequência de vexames na temporada.

No Paranaense, o Rubro-Negro frequentou o Torneio da Morte, disputa entre os quatro últimos colocados para fugir da Segundona estadual. Na Copa do Brasil, foi eliminado na Arena pelo Tupi-MG, que subiu para a Segunda Divisão nacional este ano. E na Sul-Americana, foi batido pelo Sportivo Luqueño, então 10º colocado no Campeonato Paraguaio.

Pelo Brasileiro, o Furacão brigou pelo G4 no primeiro turno da competição. Mas sucumbiu nos confrontos de volta, com campanha que o aproximou da zona de descenso. Livre de qualquer possibilidade de rebaixamento, enfrenta o Flamengo no próximo domingo (29), às 19h30, na Baixada, pela penúltima rodada.

O jogo

A impressão era de que o Atlético poderia se dar bem com as alterações. No começo da partida, chegou com perigo, principalmente com o atacante Crysan e com o meia Marcos Guilherme, que desperdiçaram chances claras de abrir o placar, frente a frente com o goleiro Lucas Perri, na primeira etapa.

Na volta do intervalo, a postura do time paulista não mudou. O São Paulo seguiu esperando o Atlético, que precisava de ao menos dois gols para levar a decisão para os pênaltis, e tentava explorar os contra-ataques, com o espaço deixado pelo adversário. A tática deu certo e o Tricolor abriu o placar após arrancada do meia Lucas Fernandes, que serviu o artilheiro da competição, Joanderson, que bateu na saída do goleiro Warleson para abrir o placar, aos 13 minutos do segundo tempo.

O gol atordoou o Furacão, que sofreu o golpe final três minutos depois, após finalização do atacante David Neres dentro da grande área que o goleiro atleticano deu rebote e o próprio Neres mandou na sobra para o gol, aos 16 minutos.

Com o placar definido, o técnico do Furacão até tentou lançar o time para o ataque, mas os jogadores em campo demonstraram o abatimento do placar adverso. Precisando de ao menos quatro gols nos 30 minutos finais, a postura atleticana esteve longe de ser agressiva e os donos da casa administraram a partida até o apito final.

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