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Delegado Clóvis Galvão e o material apreendido com integrantes da torcida organizadas Os Fanáticos: tem taco de beisebol e espingarda. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Delegado Clóvis Galvão e o material apreendido com integrantes da torcida organizadas Os Fanáticos: tem taco de beisebol e espingarda.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Logo após a prisão de dois integrantes da torcida organizada Os Fanáticos, do Atlético , o delegado titular da Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos), Clóvis Galvão, defendeu nesta sexta-feira (1º) a existência dessas associações de torcedores em Curitiba. “Pessoalmente sou contra [a extinção das uniformizadas]. Nem todos são bandidos, você não pode generalizar. Acabar com as organizadas para resolver um problema policial não é a solução”, sentenciou. Horas antes, a unidade especializada da Polícia Civil havia deflagrado, a operação Estratagema II, que visa ao combate da violência praticada pelas facções na capital paranaense.

Na operação, dois integrantes do ‘comando sul’ da Os Fanáticos foram presos, acusados de agressões contra dois torcedores do Coritiba antes da primeira partida da final do Paranaense, em maio. Foram apreendidos uma série de artigos da organizada, além de uma espingarda e um taco de beisebol, usados nos confrontos. Os suspeitos presos nesta sexta, Danilo Henrique Novak e Ariel Cordeiro de Morais, serão indiciados por roubo e associação criminosa. Outras quatro pessoas, Rafael Cesário de Oliveira, Gabriel Araguaia Rio de Brasil Fonta Alvares, Sadraque Paulino e Júlio Amaral, têm mandado de prisão decretada e estão foragidos.

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Segundo o delegado, mesmo com os presos tendo relação direta com a torcida, acabar com as organizações seria uma punição aos torcedores que não compactuam com práticas violentas e criminosas. “Você não pode penalizar toda uma torcida por poucas pessoas que cometem crimes. Respeito a posição do Atlético, é um problema interno deles com sua torcida, mas minha posição é que você tem de fazer o que fazemos aqui na Demafe: instaurar inquérito, pedir [prisão] preventiva, [prisão] temporária, e colocar o mau elemento na cadeia”, afirmou. Em junho, a diretoria do clube rubro-negro rompeu com as organizadas e pediu publicamente o fim dessas entidades .

Ainda de acordo com Galvão, o novo episódio envolvendo as organizadas de Atlético e Coritiba, que brigaram no terminal do Portão durante o clássico da última quarta-feira, está sendo investigado pela delegacia e pode virar alvo para novas fases da operação. “O clássico dessa semana, foi instaurado inquérito para apurar as circunstâncias do confronto no Portão, além de um assalto a ônibus envolvendo torcedores”, concluiu.

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No final de abril, a primeira etapa da Operação Estratagema cumpriu oito mandados de prisão, e uma pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma. Todos foram indiciados a responder por tentativa de homicídio, roubo, associação criminosa e dano ao patrimônio público.

Os Fanáticos

A torcida Os Fanáticos, por outro lado, nega que os suspeitos apreendidos façam parte do quadro da facção. “Em 2010, informatizamos o sistema de cadastro de sócios. Desde então, não há registro destas pessoas em nosso quadro”, diz o porta-voz da organizada, Renato Martins.

Ainda segundo a torcida, os materiais apreendidos na operação policial também não foram produzidos pela organizada. “Os materiais não estão à venda em nossa sede, pois não foram produzidos por nós, não são oficiais. São materiais piratas”, completa Martins.

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