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Time de jornalistas esportivos no gramado da Vila Capanema para um Atletiba em 1974, vitória atleticana por 2 a 0. Da esquerda para a direita: Gilberto Fontoura, Algaci Túlio, Nestor Baptista, Jota Agostinho, Augusto Mafuz (em pé), desconhecido e Édson Militão | Arquivo Gazeta do Povo
Time de jornalistas esportivos no gramado da Vila Capanema para um Atletiba em 1974, vitória atleticana por 2 a 0. Da esquerda para a direita: Gilberto Fontoura, Algaci Túlio, Nestor Baptista, Jota Agostinho, Augusto Mafuz (em pé), desconhecido e Édson Militão| Foto: Arquivo Gazeta do Povo
  • Augusto Mafuz (do lado direito) entrevista o zagueiro Nico, do Coritiba, na derrota por 4 a 3 para o Atlético no Paranaense de 1971. Nestor Baptista também aparece na foto, terceiro da esquerda para a direita
  • Atrás do gol do Couto Pereira, os repórteres Mário Henrique (atrás) e Augusto Mafuz (de fone de ouvido). Jogo pelo Paranaense de 1978, Coritiba 1 a 0 sobre o Londrina
  • Torcedor sintoniza o rádio nas sociais do Couto Pereira
  • Repórter desconhecido e Augusto Mafuz entrevistam Djalma Santos, na despedida do craque no Atlético, em 1971
  • Repórter de rádio tem problemas com a Polícia Militar em Atletiba dos anos 70

Estamos curtindo uma semana histórica na comemoração de duas datas muito caras para quem passou a vida na crônica esportiva e no futebol, como eu. Ontem, os 80 anos da primeira transmissão radiofônica de uma partida no Paraná. No próximo sábado, os 100 anos de jogos na velha Baixada da Água Verde.

Quando Jacinto Cunha e Jofre Cabral iniciaram o relato do clássico Atletiba, no Estádio Joaquim Américo pelas ondas da Rádio Clube Paranaense em 2 de setembro de 1934, não imaginaram que oito décadas depois seriam lembrados também por outros motivos. Jacinto, pai de Mario Celso Cunha - coordenador estadual da Copa do Mundo - e Jofre por ter reerguido o Atlético como presidente em 1968. Seus nomes se eternizaram na história do rádio e do futebol paranaense.

No final deste mês o jornalista Josias Lacour lançará o livro 80 anos de Gooolll – a história do rádio esportivo do Paraná, resgatando muitas passagens importantes e curiosas do veículo mais antigo e apaixonante da comunicação.

O centenário da Baixada tem muito a ver com a mística criada em torno do nosso primeiro estádio ainda em funcionamento, pois ali estão depositados os feitos, as conquistas, os símbolos, os sonhos e as realizações dos homens que ajudaram a sua construção, dos heróis que escreveram com suor e sangue a legenda da camisa rubro-negra que só se veste por amor, dos ídolos que arrebataram as multidões com gols eternos e do torcedor comum que se entregou a devoção atleticana de corpo e alma na arquibancada.

É tão forte a magia do santuário da Baixada que ao transpor o portão de entrada o atleticano experimenta uma estranha sensação de excitação e ânsia crescentes.

A criança quando brinca se transporta para um mundo imaginário e o adulto quando ama um time se doa nos preparativos para o jogo, na indumentária apropriada para o acontecimento, na vibração durante os 90 minutos e na plena reciclagem do organismo livrando-se do stress físico e emocional do cotidiano. Essa experiência tem o poder de preservar sadia infantilidade em cada um de nós, pois é paixão pura, paixão na veia. A catarse do futebol faz bem ao espírito e ao corpo.

Quando os peregrinos atleticanos iniciarem logo mais à noite o seu retorno à Arena da Baixada não significa apenas assistir a mais um jogo, mas ir ao encontro do amor, da alegria, da vibração e do sentimento de fazer parte de uma verdadeira religião. O culto começa na arquibancada e se estende a relva sagrada onde os jogadores chutam a bola que desperta o espírito lúdico que leva o indivíduo a uma perturbadora insanidade racional. A grande família do Furacão vibra e sofre unida, em todos os momentos do clube, dentro e fora do campo.

80 anos da rádio esportiva paranaense

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