Sem Walter, Atlético busca reconciliação na Baixada

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A euforia da torcida com a possibilidade de prestigiar a estreia do atacante Walter com a camisa do Atlético se transformou em frustração. Um problema na documentação do jogador e sua ida repentina ao Rio de Janeiro, deixando de treinar às vésperas de seu potencial primeiro jogo na Baixada, vai impedir que o Furacão enfrente o Remo reforçado nesta quarta-feira (15), às 19h30.

Na terça (14), em meio à expectativa sobre a regularização do atleta no Boletim Informativo Diário da CBF, algumas informações davam conta de um desacerto entre o Rubro-Negro e o atacante.

Confirmado como reforço na semana passada pelo diretor de futebol Paulo Carneiro , o jogador chegou a Curitiba no final de semana para realizar exames médicos. Treinou com seus novos companheiros na segunda (13), mas não apareceu no CT do Caju no dia seguinte. A demora no envio da documentação liberatória de Walter junto ao Fluminense teria sido o motivo da confusão.

“A gente espera que isso possa ser resolvido o quanto antes, mas não podemos ficar contando com aquilo que não está pronto, oficializado. São coisas contratuais. Isso cabe à direção”, disse o treinador ao GloboEsporte.com.

Durante o dia, chegou-se a ventilar até um possível retorno de Walter a Fluminense, melando a negociação. O clube carioca negou a possibilidade. O diretor executivo do Fluminense, Fernando Simone, garantiu que a transferência está em andamento. “Mandei o último documento que faltava para o Porto”, disse o dirigente.

Chamou atenção o modo como Walter deixou Curitiba. O empresário do jogador, Teo Constantin, ficou incomunicável. O Atlético se irritou com o silêncio do atacante, que não respondeu aos contatos.

Sem Walter, Enderson Moreira terá de apostar nos jogadores que estão à sua disposição para conseguir a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil. O volante Jadson, contratado junto à Udinese-ITA e já regularizado, pode ser escalado, assim como Deivid e Hernani, que deixaram o departamento médico.

Para se classificar, o Atlético precisa de uma vitória simples ou um empate por 0 a 0. Se o jogo terminar 1 a 1 – mesmo placar do jogo de ida – a decisão será nos pênaltis.

Enderson está ciente da importância do jogo. Embora queira tirar o rótulo de “jogo do ano”,uma vitória contra o Remo seria como virar a chave da história atleticana na temporada, marcada até aqui pelo fracasso no Paranaense, onde o Rubro-Negro disputa apenas o Torneio da Morte, que define os rebaixados. “Estamos no momento de poder mudar esta chave”, disse.