A Polícia Civil identificou a torcedora do Atlético que jogou uma revista com moedas no campo da Arena da Baixada no empate em 1 a 1 com o Atlético-MG domingo (23). A torcedora, de 33 anos, teve de assinar um termo circunstanciado. Entre os torcedores que ajudaram a identificá-la para a Polícia Militar, que a encaminhou à delegacia na Arena, estava o presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, Mario Celso Petraglia.
Petraglia “dedura” torcedor que arremessou objeto em campo; veja o vídeo
Leia a matéria completa“Agora ela vai responder ao processo no Juizado de Pequenas Causas por provocação de tumulto e arremesso de apetrecho no gramado. Era uma moça que não estava acostumada a ir a jogos”, explica o delegado da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), Clóvis Galvão. A pena à torcedora pode ir de multa à prestação de serviço.
A atitude da torcedora foi relatada pelo árbitro da partida, Flávio Rodrigues de Souza, que incluiu na súmula: “Ao final da partida, foi arremessado em direção ao quarteto de arbitragem três moedas de R$ 0,25 e uma revista de publicidade amassada”, relatou o juiz.
O caso também deve ser levado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e pode render punição ao Atlético. Entretanto, o caso pode ser atenuado já que além dos torcedores, o próprio Petraglia ajudou a identificar a torcedora que atacou os objetos no campo. Um vídeo feito por um torcedor mostra Petraglia indicando à polícia do anel superior da Arena a moça que cometeu a infração.
A arbitragem de Flávio Rodrigues de Souza gerou muita reclamação do time rubro-negro. A principal delas foi do pênalti que originou o empate do Galo, aos 30 minutos do segundo tempo.
O árbitro entendeu que o zagueiro Cleberson tocou com a mão na bola na grande área e anotou a infração, que o meia Cazares converteu um minuto depois, empatando o jogo.
Um pouco antes, aos 16 minutos do segundo tempo, o Furacão havia reclamado de pênalti em lance muito semelhante, após Nikão chutar e a bola acertar o volante Rafael Carioca dentro da área mineira. “A revolta, é só ver todos os lances. Não tenho dúvidas que ele [o árbitro] atrapalhou”, desabafou o goleiro Weverton, que disparou críticas mais contundentes contra o homem do apito.
Expulso aos 35 minutos do primeiro tempo, o técnico Paulo Autuori discutiu veementemente com o quarto árbitro. “Quero desafiá-lo. Ele mentiu, disse que eu xinguei a equipe de arbitragem”, criticou ele, que chegou a ser acalmado pelos jogadores rubro-negros.
“Com 40 anos de futebol, eu o desafio. Acabo minha carreira amanhã. Ele mentiu. Já chegou dizendo que ia me expulsar. Com ele, a questão transcendeu o futebol. Quero que ele comprove”, completou.
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