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O Atlético atravessa um momento delicado. Em uma semana, o clube foi goleado duas vezes por 3 a 0 na Arena da Baixada (Coritiba e San Lorenzo-ARG), amargou o vice estadual e desperdiçou a chance de assegurar antecipadamente a vaga nas oitavas de final da Libertadores, que agora será decidia contra a Universidad Católica, no Chile.

TABELA: veja os jogos do Atlético no Brasileirão

Veja três fatores determinantes para a queda brusca do Furacão:

1 – Contratações

Hugo Harada/Gazeta do Povo

O destaque negativo recai sobre Grafite. Vice-artilheiro do Brasil em 2016 com 24 gols, o atacante chegou do Santa Cruz como a ‘peça que faltava’ e com grande expectativa da torcida. A própria imprensa tachou a chegada do centroavante de 38 anos como uma boa investida. Mas após quatro meses, Grafite ainda não justificou a fama e já não conta mais com o apoio das arquibancadas após um gol em 11 jogos.

Felipe Gedoz (foto) é outro que esgotou a paciência dos atleticanos. O meia-atacante de 23 anos chegou da Europa com status de titular após a diretoria investir em sua contratação, fato pouco costumeiro no Furacão. Mas apesar dos quatro marcados, virou banco de Douglas Coutinho. As postagens nas redes sociais que o atleta faz em festas também incomodam parte da torcida.

O atacante Eduardo da Silva também tem início ruim. Ele balançou a rede uma vez em nove partidas. Já o avançado Luís Henrique, contratado como joia do Botafogo para ser o reserva imediato de Grafite, está esquecido no elenco.

2 – Discurso

Albari Rosa/Gazeta do Povo

As contradições no discurso de Paulo Autuori (foto) durante o Estadual aumentaram a pressão sobre o Furacão. Ora o treinador desvalorizava o torneio dizendo por exemplo que o “título mancharia o currículo”, outrora enaltecia. Após as derrotas, amenizava as críticas e ressaltava a participação rubro-negra na Libertadores.

Bruno Pivetti, que comandou o time do banco de reservas e foi escalado como porta-voz durante quase todo o Paranaense, louvava a experiência que os jovens reservas adquiriram mesmo após desempenhos ruins contra adversários fracos.

Em contrapartida, o clube pediu o adiantamento do duelo da semifinal contra o Londrina. Como o LEC se recusou a aceitar a data proposta, o Rubro-Negro mandou o time reserva a campo como forma protesto contra a Federação Paranaense de Futebol.

Já na véspera da decisão contra o Coxa, logo após a vitória contra o Flamengo pela Liberta, Autuori disse: “estou me lixando para a Libertadores”. Também após a vitória sobre o Paraná, nas quartas de final, a comemoração foi intensa entre os jogadores com direito a provocações. O goleiro Weverton foi pivô de uma briga generalizada com os paranistas após provocar a torcida adversária e o zagueiro Thiago Heleno disparou: “o maior sempre vence”.

3 - Punições e desfalques

Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A perda de jogadores importantes também afetou o desempenho. Destaque para as ausências do lateral Jonathan e do meia-atacante Pablo. Na direita, o reserva imediato seria Léo (foto), que perdeu o posto de titular no início da temporada e foi afastado do elenco com a justificativa de má conduta profissional. Outro problema interno ocorreu com o zagueiro Paulo André, afastado e reintegrado rapidamente. Tanto jogador quanto o clube minimizaram a desavença sem dar detalhes.

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