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 | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Mercado

O Coritiba só contratou dois jogadores para a Série B. Do time cam­peão, só um acabou deixando o Alto da Glória.

Saiu

Rodrigo Heffner (ld) - Guarani

Chegaram

Dudu (m/a) - Cruzeiro

Jéfferson (m/a) - São José-RS

Ponto Forte

Ataque rápido – O sistema ofensivo com os baixinhos Renatinho, Rafinha e Marcos Aurélio, além do argentino Ariel Nahuelpan, envolve a defesa adversária. Os três primeiros se revezam entre o meio e o ataque, confundindo a marcação. Assim o clube teve o melhor ataque do Paranaense 2010.

Ponto Fraco

Fragilidade nas laterais – Triguinho na esquerda e Fabinho Capixaba na direita foram os principais alvos de críticas neste começo de 2010. O zagueiro Lucas Mendes pode ser improvisado pela canhota e Ângelo seria a opção pelo outro lado. Incógnitas.

Craque

Marcos Aurélio – Desde o começo de 2009 no Coritiba, conquistou a camisa 10 no último Paranaense e não decepcionou. Vice-artilheiro da equipe no Estadual, com sete gols, destacou-se mesmo por ser decisivo em jogos importantes, como nos dois únicos Atletibas de 2010.

Bonde

Fabinho Capixaba – Quase no final do Estadual se contundiu e foi substituído por Rodrigo Heffner nas partidas finais. Com a saída deste para o Guarani, surge como provável titular da lateral-direita, mesmo com as constantes críticas direcionadas a ele antes da contusão.

Guerreiro

Leandro Donizete – O volante, que se tornou ídolo da torcida no Estadual de 2008, já tem até bandeira, que fica na arquibancada do nos dias de jogo. Famoso pela garra e poder de marcação no meio, faz a diferença na proteção à defesa.

  • O gringo Ariel foi o artilheiro do Paranaense, com 11 gols: faro de gol em dia para a estreia na Série B

A satisfação com a conquista do título estadual e o otimismo com o elenco montado compensam a preocupação com a dura caminhada na Série B, que terá de ser percorrida em sua maioria longe do Couto Pereira. A tentativa do Coritiba de voltar à elite nacional terá como obstáculo extra a obrigação de disputar dez partidas como mandante em Joinville – cumprindo assim a punição im­­posta pelo STJD pela invasão de campo no dia do rebaixamento alviverde. O desempenho como "inquilino" catarinense, pegando a BR-376 por quase cinco meses, será crucial nas pretensões do clube.

"Acredito que serão sete clubes brigando por três vagas. Porque uma já é do Coritiba", sentenciou o vice-presidente de futebol do Coxa, Vílson Ribeiro de Andrade, deixando claro a empolgação no clube, que tenta reerguer-se após a queda temperada com violência por parte da torcida organizada. No Estadual, a única derrota alviverde, no clássico com o Paraná (1 a 0), ocorreu em Paranaguá, en­­quanto o Alto da Glória seguia interditado. A distância do reduto coritibano, porém, não parece in­­comodar às vésperas da estreia na Segundona. "Claro que vamos sen­­tir falta de parte da nossa torcida, mas atuar em Joinville não é jogar fora de casa. Eles nos adotaram, a cidade está entusiasmada e isso vai nos ajudar", afirmou o dirigente, ciente da importância de não desperdiçar pontos na casa adotiva.

O entusiasmo não se restringe à direção. Responsável direto pelo desempenho dentro de campo, o técnico Ney Franco endossa o discurso, mas ressalta que o trajeto de volta à Primeira Divisão ganhou carga extra de sofrimento para o time. "Se jogássemos no Couto Pereira, não teríamos o desgaste da viagem, atuaríamos em um campo que co­­nhecemos e onde temos uma estrutura montada", relatou. "Além disso, é mais fácil para os torcedores e a recuperação é mais rápida para os atletas. Mas vamos passar por cima de tudo isto, como fizemos no co­­meço do Es­­tadual", garantiu.

Em um campeonato sem favoritos absolutos, como foi o Vasco no ano passado ou o Co­­rinthians em 2008, muitos apontam a equipe do Alto da Glória como a maior força desta Série B. Ney Franco, adepto do tradicional 4–4–2, despistou. "Temos grande potencial, mas precisamos mos­­trar isso em campo", fa­­lou, antes de eleger seus principais con­­­­cor­­rentes. "Vamos enfrentar equipes com boas campanhas estaduais como o Santo André, o Náutico, o Sport e o Bahia. Há dez equipes com condições de subir para a Série A", palpitou, colocando me­­tade dos participantes da competição entre os candidatos.

Apesar do clima favorável cons­­truído com o título do Para­­naense, a cobrança também é forte para que a taça não tire a concentração dos atletas. Por isso, e para manter o ritmo de jogo, Ney Franco começou o amistoso com o Botafogo, sábado passado, com o time titular – Marcos Aurélio foi poupado. O discurso parece ter sido assimilado. "A Segunda Divisão é outro nível, nossa responsabilidade aumenta. Temos que começar bem", disse o zagueiro Pereira.

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Time base

Édson Bastos

Fabinho Capixaba (Ângelo)

Jéci

Pereira

Lucas Mendes

Leandro Donizete

Marcos Paulo

Rafinha

Renatinho

Marcos Aurélio

Ariel Nahuelpan

Técnico: Ney Franco

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Ponto de vista

Técnica e empenho para superar a pressão

Édson Bastos, goleiro do Coritiba

É o seu oitavo campeonato nacional, o segundo da Série B. Este time atual está preparado para o desafio?

Temos um elenco competitivo. É um campeonato diferente, de mais choque, mais pegado. O nosso grupo está pronto para isso, aliando com a qualidade, que também é necessária.

Qual é a expectativa de vocês para os jogos antes da Copa do Mundo?

Queremos acabar estas sete primeiras rodadas na liderança. Se não for possível, pelo menos pretendemos estar entre os quatro primeiros.

Existe praticamente uma obrigação do retorno para a Série A em 2011. Vocês se sentem pressionados?

Quando se joga em uma equipe grande, existe pressão. Sabemos da importância que é voltar para a Série A. Mas se tivermos responsabilidade e mantivermos o foco, não devemos ter problemas.

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