Liedson faz a diferença

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Muito se falou em Ronaldo e Adriano, mas quem comanda o ataque do Corinthians atualmente é um centroavante mais baixo, mais magro, mais calado e bem mais discreto. Liedson, tirado do Sporting-POR por R$ 4,5 milhões em fevereiro como re­­forço para a Libertadores, ficou sem poder disputar a com­petição. Culpa da eliminação precoce do time, ainda na fase pré-classificatória. O cen­troavante revelado pelo mo­desto Prudentópolis e com pas­­sagem pelo Coritiba, contudo, vem correspondendo à altura a expectativa da fiel torcida.

Na temporada, são 11 gols em 16 partidas, média equiparável à obtida por ele mesmo em sua primeira passagem pelo Parque São Jorge: em 2003, marcou 22 vezes em 33 confrontos. "É um jogador que está vindo muito bem, você vê como ele se entrega nos jogos, até em nível de marcação. Só temos a agradecer", diz o ex-volante Edu, hoje gerente de futebol do Timão.

No retorno ao Brasil depois de um longo período em Portugal (disputou a Copa do ano passado pelos lusos), o jogador não tem o mesmo vigor físico de antes, o que é compensado pelo senso de posicionamento e pela finalização precisa. Bom para um clube que no início do ano apostava em Ronaldo e Adriano para o setor, mas ficou sem os dois – o primeiro se aposentou, o segundo só deve voltar de lesão em setembro.

A diretoria também segue investindo. Em um negócio avaliado em 6 milhões de euros (cerca de R$ 13,8 milhões), o Corinthians tirou o meia Alex, ex-Inter, da gélida Rússia, do Spartak Moscou. Para­­­lela­mente, segue sonhando com o holandês Seedorf, de saída do Milan. "Está bem en­caminhado. Es­tamos aguardando porque ele tem outras propostas", afirma Edu.

Fala, colunista!

"O Corinthians é um time de peso. Sai Ronaldo e entra Adriano. Com a melhor verba, junto ao Flamengo, entre os clubes da Série A, sempre será favorito. Se o Adriano conseguir se recuperar e manter a cintura fina, poderá ajudar o Timão a ficar na ponta da tabela. Se não, tem o eficiente Liédson para fazer os gols."

Tiago Recchia

Você sabia?

Impulsionado pelo sucesso de Carlitos Tevez, o Corinthians aposta em pelo menos um estrangeiro por ano desde 2005. Johnny Herrera, Arce, Cristián Suárez, Acosta, Escudero, Balbuena, Defederico e Bobadilla não deram certo. A bola da vez é o meia peruano Luis Ramirez. Contratado para substituir Elias, ele por enquanto segue na reserva.