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As desertas arquibancadas do Paranaense ficam aiinda mais vazias no Torneio da Morte. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
As desertas arquibancadas do Paranaense ficam aiinda mais vazias no Torneio da Morte.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Para evitar o rebaixamento para a Segunda Divisão do Paranaense, o Atlético terá pela frente adversários de reconhecida inferioridade técnica e que possuem orçamentos mensais que são até 20 vezes menores em relação aos gastos do Rubro-Negro.

O choque de realidade no quadrangular com Rio Branco, Nacional e Prudentópolis assusta não só a torcida, mas também a diretoria. Nesta segunda-feira (30), o Atlético emitiu uma nota oficial pedindo desculpas ao torcedor por aquilo que considerou uma “vergonha” (leia mais abaixo).

Segundo apurou a reportagem, o Rubro-Negro mantém uma folha salarial mensal de cerca de R$ 2,2 milhões, com um teto próximo aos R$ 150 mil por mês. Com 20 mil sócios adimplentes, o clube tem uma renda bruta média mensal de pouco mais de R$ 96 mil.

Entre os adversários do Torneio da Morte, o Rio Branco – que venceu o Atlético por 3 a 1 na primeira fase – é quem tem a melhor condição. A distância em relação aos números rubro-negros, porém, é absurda. O clube tem apenas 30 sócios em dia e a arrecada em média cerca de R$ 30 mil. A folha mensal beira os R$ 100 mil, com teto em R$ 6,5 mil.

“Por tudo que fez no campeonato, independente de camisa e da questão financeira, as equipes entram no Torneio da Morte no mesmo patamar”, diz, de forma otimista, o presidente do Rio Branco, Thiago Themanski Campos.

Com os piores números nos quesitos público e arrecadação, o Nacional investe cerca de R$ 130 mil por mês em seu elenco (teto de R$ 6 mil). A adesão da torcida é baixíssima. No último jogo, contra o lanterna Prudentópolis, apenas 26 torcedores pagaram ingresso. A média nos cinco jogos disputados no Estadual é de 207 torcedores, com renda de apenas R$ 5 mil.

O presidente José Danilson lamenta a presença do Atlético na luta contra a queda por dificultar a missão de seu clube de evitar o rebaixamento. “Quem sabe com um novo treinador as coisas não melhoram”, disse, referindo-se à chegada de Gilberto Papagaio, o terceiro técnico da equipe no Paranaense.

O lanterna Prudentópolis gasta R$ 100 mil com elenco e tem uma média de 871 torcedores nos duelos em casa. Dentro de campo, a campanha é desastrosa – o time não ganhou sequer um jogo em 2015. Para Valdir Cagnini, presidente do Prude, a presença do Furacão pode atrair mais atenção ao quadrangular, mas “rouba” uma vaga na elite. “Não sei quantos milhões eles investem em time e estrutura. É muita coisa. Temos condições inferiores”, declara.

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