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Aurival Corrêa e José Carlos de Miranda, ex-presidentes do Paraná, querem o fim de ação do clube contra eles pelo caso Thiago Neves. | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Aurival Corrêa e José Carlos de Miranda, ex-presidentes do Paraná, querem o fim de ação do clube contra eles pelo caso Thiago Neves.| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Além da mobilização encabeçada pelo empresário Carlos Werner para investir R$ 4 milhões no clube, outro movimento interno toma corpo no Paraná.

Ex-presidentes paranistas, liderados por Aquilino Romani, que geriu o Tricolor entre 2010 e 2011, têm realizado reuniões para discutir maneiras de ajudar o clube a sair da crise na qual se encontra.

Além disso, o grupo cobra a retirada de processos judiciais movidos pela atual gestão contra os ex-mandatários José Carlos de Miranda e Aurival Corrêa, por causa do caso envolvendo a transferência do meia Thiago Neves para o Fluminense, em 2007.

“Para haver uma união geral tem que ter a retirada dos processos. O grupo que está se unindo quer união total de todos ex-presidentes e diretores”, confirma Miranda.

Procurados pela reportagem, além de Miranda, Aurival Corrêa, Darci Piana e Ernani Buchmann confirmaram os encontros. Destes, no entanto, apenas Miranda diz tomar conhecimento do movimento pela renúncia do atual mandatário Rubens Bohlen.

“Apoio qualquer movimento encabeçado pelo Aquilino [Romani]. Sou a favor da saída do Bohlen, porque ele é incompetente. Ele não pode continuar brincando de presidente. Ele disse que se alguém se prontificasse a assumir, ele deixaria o clube. Agora tem alguém”, dispara Miranda, que deixou o clube em meio a polêmicas em 2007.

Corrêa, Piana e Buchmann negaram conhecimento do fato. “A proposta do Aquilino é de reunir todo mundo. Mas para mim não foi condicionada à saída de Bohlen”, diz Corrêa. “Não participei de nenhum movimento pela saída do presidente”, afirma Piana. “Nada foi comentado sobre a saída de Bohlen”, fecha Buchmann.

  • A partir da reta final do Brasileiro de 2007, com o rebaixamento próximo, não ficou fácil ser presidente do Paraná. Veja como terminou a gestão dos últimos cinco presidentes do clube.
  • José Carlos de Miranda (2004/2007) – Deixou a presidência do Paraná com uma dívida de R$ 10,1 milhões. Passou os últimos meses de mandato sem força política, excluído do processo eleitoral por causa de denúncias envolvendo a parceria com a LA Sports, fornecedora de jogadores para o time à época. Miranda cogitava inclusive disputar a reeleição. O clube move um processo conta ele por danos materiais.
  • Aurival Correa (2008/2009 – Gestão marcada pelo impacto do rebaixamento e a dificuldade de conviver sem a verba de televisão da Série A. Cumpriu o mandato, mas não conseguiu apoio para a reeleição. No fim da gestão, enfrentou greve dos jogadores – algo então inédita na Vila Capanema. O clube também move um processo conta ele por danos materiais.
  • Aquilino Romani (2010/2012) – Após o vexame no estadual, com o rebaixamento para a Série Prata, o dirigente pediu afastamento do cargo. Também sofreu desgaste por participar de um fundo de investimento que tinha direitos econômicos de atletas do clube.
  • Aramis Tissot (2011) – Assumiu um mandato tampão em maio e entregou o cargo em novembro.
  • Rubens Bohlen (2011/2015) – Desgastado, sofre forte resistência interna e pressão para renúncia. Diz que há um complô para derrubá-lo, envolvendo ex-presidentes e até presidente de torcida organizada. A eleição foi antecipada de dezembro para setembro.
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