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Presidente Rubens Bohlen não sabe se estará na reunião do Conselho Deliberativo. | Felipe Rosa/Tribuna
Presidente Rubens Bohlen não sabe se estará na reunião do Conselho Deliberativo.| Foto: Felipe Rosa/Tribuna

A erupção interna gerada pelas declarações do presidente do Paraná, Rubens Bohlen, de que um grupo de conselheiros tentou dar um golpe para tirá-lo do cargo no clube, pode culminar em explosão na noite desta quinta-feira (5), às 19 horas, na sede social da Kennedy.

Neste horário, será iniciada a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Tricolor. Convocado há semanas, o objetivo inicial do encontro era tomar conhecimento do total da dívida paranista e apontar os resultados de uma auditoria convocada pela atual diretoria para diagnosticar o estrago financeiro no clube. Os assuntos seguem na pauta.

As fortes afirmações de Bohlen, no entanto, podem resultar em um roteiro mais inóspito para o mandatário. Ele acusa o empresário Carlos Werner de liderar um grupo de dez torcedores que pretende investir R$ 4 milhões no Paraná. Mas para isso ser efetivado, Bohlen precisaria abandonar o clube. Diante disso, a possibilidade dele não ser mais o presidente paranista ao final da reunião é real.

“Em termos estritamente jurídicos, não tenho como negar que um pedido para a renúncia [de Bohlen] possa ser realizado”, admite o presidente do Conselho Deliberativo, Rodrigo Vissoto Junkes. “A coisa está fervendo. A relação entre as declarações de Bohlen e a reunião se tornou direta”, prossegue, em alusão ao grupo autodenominado “Paranistas de Bem”, liderado por Werner, que publicou, na noite de terça (3), carta admitindo tanto o aporte financeiro, como a prerrogativa de tirar Bohlen do cargo.

Apesar do cenário, o presidente, que está no Rio de Janeiro para reunião com a CBF, sequer garante presença no evento. “Farei o possível para estar na reunião”, despista Bohlen.

Na última segunda-feira (2), Werner entregou um pedido de renúncia de suas funções no CT Ninho da Gralha. Com isso, o local, que recebia investimentos do empresário desde meados de 2013, está novamente abandonado. Na terça, foi a vez do vice-presidente jurídico, Luiz Ricardo Berleze, outro integrante do “Paranistas de Bem”, seguir o mesmo caminho e renunciar.

Internamente, correntes de conselheiros acreditam que as duas renúncias sejam apenas o início de uma tentativa de tornar impraticável a sequência da administração de Bohlen. O próprio presidente assumiu, em seu desabafo, que “não sabe quanto tempo mais pode aguentar”.

As eleições do clube acontecem apenas em setembro, mas nada impede que o vice-presidente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, assuma o cargo máximo antes desta data. Ele é o favorito do grupo de Werner para herdar o poder.

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