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As ofensas racistas dos torcedores do Grêmio ao goleiro Aranha, do Santos, fizeram com que nesta sexta-feira (29) o jogo de volta entre as duas equipes, marcado para a próxima quarta, na Vila Belmiro, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, fosse adiado. O clube gaúcho confirmou a informação e disse que a CBF ainda não indicou uma nova data para o duelo.

Segundo Paulo Schmitt, procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi feito um pedido para que o confronto fosse adiado por causa da gravidade dos fatos. "A gente denunciou rapidamente, para não ter atraso. Queremos avaliar a denúncia, para a comissão disciplinar julgar, antes que haja o outro jogo", revelou. Schmitt lembra que a denúncia tem de ser julgada na próxima semana. "Entre as penas existe inclusive a exclusão do Grêmio da competição", disse.

De acordo com o presidente do STJD, Caio César Rocha Vieira, todo o processo deve durar 20 dias, incluindo o julgamento pelo Pleno. "Achei um pedido adequado, algo feito pela procuradoria, e deferi o pedido", disse em entrevista à rádio Guaíba, de Porto Alegre.

O clube será denunciado por ato discriminatório e responderá por infração ao artigo 234-G do CBJD. Outra punição cabível ao Grêmio é a multa de até R$ 100 mil. A possibilidade de o clube ser eliminado uniu os dirigentes, que estão tomando as medidas necessárias para evitar uma punição pesada.

O Grêmio garante que está colaborando com as autoridades e afirma que já identificou 10 torcedores que praticaram atos racistas na partida da última quinta. Dois deles pertencem ao quadro de associados do clube. "Estamos levantando as imagens, com as câmeras do nosso estádio, para identificar todos os torcedores. Estamos agindo em duas frentes, auxiliando as autoridades e tomando medidas internas", garantiu o vice-presidente Nestor Hein. As provas serão entregues à Polícia Civil.

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