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Fogos de artifício para a festa na Arena Condá, no duelo entre Chapecoense e Atlético Nacional, de Medellín. | Nelson Almeida/AFP
Fogos de artifício para a festa na Arena Condá, no duelo entre Chapecoense e Atlético Nacional, de Medellín.| Foto: Nelson Almeida/AFP

Em dia marcado por homenagens e pelo “show da gratidão” ao Atlético Nacional, a Chapecoense deixou de lado as gentilezas no gramado e venceu o time colombiano por 2 a 1, nesta terça-feira, na Arena Condá, no jogo de ida da decisão da Recopa Sul-Americana. A partida da volta está marcada para o dia 10 de maio, no Estádio Atanásio Girardot, em Medellín.

O estádio colombiano deveria ter recebido o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, em novembro do ano passado. Mas a tragédia aérea com o time da Chapecoense impediu a realização daquele jogo e da partida da volta. Mesmo sem a disputa, o time catarinense ficou com o título, a pedido dos colombianos, como homenagem às vítimas do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas.

A Recopa, então, acabou definindo mais um duelo entre os clubes agora irmãos. E o primeiro jogo deste novo confronto foi realizado nesta noite de terça, em meio a muita homenagem e agradecimentos ao Atlético – por sinal o jogo só foi disputado na Arena Condá nesta terça a pedido da equipe colombiana, porque as regras da Conmebol impedem a disputa de um jogo decisivo como este num estádio com capacidade menor de 40 mil torcedores.

Sobreviventes

Rafael Henzel, Neto, Alan Ruschel e Jackson Follman entram de mãos dadas na Arena Condá.Nelson Almeida/AFP

Homenagens antes do jogo

As homenagens tiveram início horas antes da partida, quando torcedores da Chapecoense fizeram caminhada do centro da cidade até a Arena Condá, que foi alvo de um abraço coletivo. Dentro do estádio, a Chapecoense deu início ao “show da gratidão” por volta das 18 horas, com discursos de dirigentes das duas equipes. A gratidão era endereçada ao Atlético Nacional, pelas homenagens que fez ao time brasileiro e pelo acolhimento aos familiares e aos amigos das vítimas após o acidente aéreo, em solo colombiano.

Quatro dos seis sobreviventes do acidente, Rafael Henzel, Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto participaram do grande evento. Eles entraram de mãos dadas no gramado e fizeram discursos de agradecimento ao Atlético e àqueles que deram suporte aos jogadores e vítimas diante da tragédia. Em seguida, o cantor Duca Leindecker foi até o centro do gramado para cantar uma música, enquanto bandeiras gigantes dos dois times ocupavam boa parte do gramado.

Escudos de Chapecoense e Atlético Nacional de Medellín juntos no placar eletrônico da Arena Condá: irmãos.Nelson Almeida/AFP

Jogo morno e vitória da Chapecoense

Depois das homenagens, Chapecoense e Atlético Nacional não corresponderam às expectativas da torcida em campo, especialmente no primeiro tempo. Buscando o ataque sem muita organização, mas empurrado pela torcida, a Chapecoense chegou ao gol num lance inesperado. Após troca de passes ao redor da área, João Pedro demorou para finalizar, mas bateu rasteiro. A bola passou por baixo do defensor, que acabou desviando com a mão no meio do caminho. O árbitro anotou a penalidade e Reinaldo bateu no canto direito do goleiro Armani, abrindo o placar aos 23 minutos.

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Para o segundo tempo, a Chapecoense voltou com uma mudança na defesa que faria a diferença no duelo. Douglas Grolli, com dores musculares, deu lugar a Luiz Otávio. Apesar da relativa pressão do time da casa, o Atlético empatou aos 13 minutos. Macnelly Torres, perto da entrada da área, deu belo corte para a esquerda e bateu direto. Moraes chegou na bola, mas não conseguiu evitar o gol.

Depois do empate, os dois times desaceleraram. E a torcida só voltou a fazer barulho aos 26/2º, que marca o 71º minuto da partida, em referência ao número de mortos na tragédia aérea na Colômbia.

Dois minutos depois, o time catarinense recorreu à bola parada para voltar a liderar o placar. Foi aos 28 minutos, quando Reinaldo cobrou escanteio na área e o zagueiro Luiz Otávio surgiu com velocidade entre a marcação para cabecear com força para as redes.

Com o resultado, o time catarinense garante o título da Recopa se empatar no jogo da volta, em maio. A Chapecoense vive momento favorável na temporada, com cinco vitórias seguidas no Campeonato Catarinense. A equipe lidera o segundo turno e ainda briga pela classificação na fase de grupos da Copa Libertadores.

Gol da vitória

Puxado pelo atacante Welington Paulista, o zagueiro Luiz Otávio, que entrou no segundo tempo, garantiu o triunfo da Chapecoense em casa.Nelson Almeida/AFP

FICHA TÉCNICA:

CHAPECOENSE 2 x 1 ATLÉTICO NACIONAL

Chapecoense

Artur Moraes; Apodi, Douglas Grolli (Luiz Otávio), Nathan e Reinaldo; Andrei Girotto, Luiz Antonio (Moisés Ribeiro) e João Pedro; Rossi, Túlio de Melo (Wellington Paulista) e Arthur. Técnico: Vágner Mancini.

Atlético Nacional

Franco Armani; Daniel Bocanegra, Felipe Aguilar, Alexis Henríquez, Farid Díaz; Bernal (Jhon Mosquera), Diego Arias, Macnelly Torres; Dayro Moreno (Aldo Ramírez), Luis Ruiz e Ibargüen (Arley Rodríguez). Técnico: Reinaldo Rueda.

Estádio: Arena Condá, em Chapecó (SC).

Árbitro: Mario Díaz de Vivar (Fifa/Paraguai).

Gols: Reinaldo (C), aos 23/1º. Macnelly Torres (A), aos 13/2º, e Luiz Otávio (C), aos 28/2º.

Amarelos: Bocanegra, Apodi, Henríquez, Arias.

Renda: R$ 547.330,00.

Público: 19.005 pagantes.

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