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No mesmo dia em que o meia Nathan e o atacante Mosquito estreavam pela seleção sub-20 no Torneio de Cotif, em L'Alcúdia, na Espanha, no empate em 1 a 1 com o Catar, segunda-feira (12), o Atlético teve outro jogador convocado para uma equipe de base nacional. Douglas Coutinho, que vem ganhando espaço no ataque do Furacão, está entre os convocados pelo técnico Alexandre Gallo para três amistosos no Catar em setembro, o primeiro teste para a formação da seleção que vai disputar a Olimpíada do Rio de 2016.

O trio rubro-negro vem de uma longa tradição do futebol paranaense de ceder jogadores para as equipes de base da seleção. Desde 1972, no Torneio de Cannes - disputa que cinco anos depois se tornaria o Mundial júnior da Fifa -, vários garotos dos clubes paranaenses vestiram a camisa amarela. Alguns emplacaram na carreira, outros caíram no ostracismo.

Confira a lista:

Levir Culpi em Cannes, 1972: a principal competição de seleções juniores na época era o Torneio de Cannes. A Fifa só veio a fazer um Mundial da categoria em 1977, quando Maradona brilhou pela Argentina. O zagueiro do Coritiba Levir Culpi, hoje um técnico experiente no comando do Atlético-MG, esteve no time que foi campeão. A equipe contava ainda com Falcão, que seria um dos principais nomes na Copa de 82.

Dirceuzinho olímpico: O atacante Dirceu, do Coritiba, vestiu a camisa 11 na Olimpíada de 1972 (ele é primeiro agachado da direita para esquerda, na foto acima), em Munique, e foi um dos paranaenses que passaram pela seleção de base e engrenaram na carreira. Depois dos Jogos Olímpicos, se transferiu para o Botafogo e, na sequência, disputou três Copas: 74, 78 e 82. Naquela época, nos Jogos Olímpicos, só jogavam os não profissionalizados, o que transformava a seleção brasileira praticamente em sub-20, diferente de hoje, em que se permitem profissionais, desde que tenham até 23 anos, além de até três atletas acima da idade.

Walmir Gritti, Matsubara, em 1977: o defensor do time de Cambará jogou o primeiro Mundial Sub-20 da história, disputado em 1977, na Tunísia. O Brasil foi o terceiro colocado sob o comando do técnico Evaristo de Macedo. Hoje, Walmir Gritti segue trabalhando com futebol como treinador de equipes no interior de São Paulo. Foi auxiliar-técnico do Arapongas há alguns anos.

Turma do Sul-Americano Júnior de 1979: o futebol paranaense foi representado por três jogadores nesta competição. O zagueiro Lóti foi cedido pelo Atlético. O Londrina cedeu o atacante Éverton. Já o Pinheiros teve convocado o também atacante Jota Maria, que tinha apenas 16 anos. O 4.º lugar valeu vaga no Pan de 1979.

Turma do Sul-Americano Júnior de 1981: outros três jogadores estiveram na campanha que deu o vice-campeonato e a vaga no Mundial. O zagueiro Márcio Alcântara, campeão estadual em 1981 e depois em 1992, representou o Londrina. O meia Leomir foi o nome do Coritiba. O atacante Djalma Baía vestia as cores do Matsubara.

Trio no Mundial Sub-20 de 1981: o Brasil parou nas quartas de final daquela competição. Leomir e Djalma Baía seguiram no grupo, mas Márcio Alcântara, do Tubarão, deu lugar a outro atleta do Matsubara, o também zagueiro Amarildo Partala.

Dida, do Coritiba, campeão mundial em 1985: o ano de 1985 foi especial para o lateral-esquerdo Dida. Campeão sul-americano com a seleção brasileira no sub-20, o atual comentarista da SporTV, repetiu a dose na conquista do Mundial da categoria no mesmo ano, ao lado do goleiro Taffarel e do atacante Müller, que nove anos depois seriam campeões da Copa de 94. A conquista do Mundial júnior foi ao lado de outro jogador do Coxa, o zagueiro Paulo César. No mesmo ano, Dida conquistaria o maior título da história alviverde, o Brasileiro, diante do Bangu. Na foto, Dida é o primeiro de pé da direita para a esquerda.

Souza, do Londrina, no Mundial sub-20 de 1989: o zagueiro Souza, que veio a ser campeão paranaense de 1992, jogou o Mundial de 1989. Fez parte do grupo que ficou em terceiro lugar sob o comando de René Simões.

Élber do Londrina no vice mundial de 1991: O atacante londrinense foi o camisa 9 no time campeão sul-americano sub-20 em 1991 e vice-mundial no mesmo ano. A atuação abriu caminho para o Londrina o vender para o Milan, que o emprestou para o Grasshopers, clube suíço que defendia nos tempos do Pré-Olímpico de 1992, e que abriu caminho para depois brilhar na Alemanha, especialmente no Bayern de Munique.

Turma do Sul-Americano Sub-20 de 1997: o futebol paranaense teve três representantes no time vice-campeão sul-americano sub-20 de 1997. O Coritiba mandou o meia Alex. O Paraná mandou o meia Perdigão, que foi vendido durante a competição para o Atlético, que por sua vez mandou o meia-atacante Jorginho.

Alex e Perdigão na Malásia em 1997: Jorginho acabou rodando para o Mundial e quem foi para o Mundial acabou sendo a dupla Atletiba, Alex e Perdigão. A seleção caiu para a Argentina no Mundial sub-20 nas quartas de final, após duas vitórias de 10 nas duas partidas anteriores.

Fábio e Milton do Ó em 1999: o goleiro Fábio, hoje no Cruzeiro, defendia o União Bandeirante e disputava posição com Julio César, então no Flamengo. Ele foi o único representante paranaense no Sul-Americano Sub-20 de 1999, em que foi terceiro lugar. No Mundial, ganhou a companhia do zagueiro paranista Milton do Ó.

Turma do Pré-Olímpico de 2000: Alex já estava no Palmeiras e Warley, ex-Atlético, já estava na Udinese. Os jogadores do futebol paranaense acabaram representados por Mozart, do Coritiba, e pela dupla Lucas e Adriano Gabiru do Atlético. O time venceu o pré-olímpico disputado em Londrina e Maringá e garantiu a vaga para os Jogos Olímpicos de Sydney. Adriano não foi para os Jogos Olímpicos, enquanto que Mozart e Lucas foram convocados, mas já estavam no Flamengo e no Rennes, respectivamente.

Jean e Dagoberto no Sul-Americano sub-20 de 2003: Jean e Dagoberto, ambos no Atlético, foram titulares e destaques no time vice-campeão sul-americano sub-20 de 2003. O lateral-esquerdo, inclusive, sequer tinha sido lançado no time de cima quando aconteceu a competição. O atacante, por seu lado, já era um dos destaques do time rubro-negro.

Dagoberto, Adriano e Fernandinho no topo do Mundo em 2003: Dagoberto e Fernandinho, do Atlético, e Adriano, do Coritiba, defenderam o Brasil no Mundial Sub-20 de 2003. Foi curiosamente Fernandinho, que esteve no Mundial sub-17 no mesmo ano, e era o caçula do time, que fez o gol do título contra a Espanha de Iniesta e cia.

Dupla do Pré-Olímpico de 2004:Dagoberto (Atlético) e Marcel (Coritiba) estavam entre os atacantes que jogaram no Pré-Olímpico de 2004, mas, junto com uma geração que contava com Robinho e Diego, não conseguiram se classificar para os Jogos de Atenas.

Trio de 2005 na sub-20: a seleção brasileira sub-20 teve um trio paranaense no Sul-Americano de 2005. O lateral-direito Rafinha era o representante do Coritiba. Os meias Fernandinho e Evandro foram cedidos pelo Atlético. A seleção ficou com o vice. Fernandinho acabou não indo para o Mundial, pois fora vendido para o Shakhtar Donetski e não foi cedido. A seleção foi a terceira colocada.

Roberto e Carlão em 2007: os dois jogadores podem não ter se tornado aquilo que se esperava deles, mas jogaram as competições de base de 2007. O volante Roberto, então no Atlético, jogou tanto o Sul-Americano quanto o Mundial. O lateral-esquerdo Carlão, então do Coritiba, esteve apenas no Mundial. Esta geração rendeu um título sul-americano, mas caiu nas oitavas de final do Mundial.

Turma de 2009: o meia Giuliano, do Paraná, e o zagueiro Leandro Silva, do Coritiba, foram campeões sul-americanos sub-20 de 2009. Para o Mundial, Giuliano tinha se transferido para o Internacional, enquanto que Leandro Silva acabou ficando de fora da lista de Rogério Lourenço. Quem apareceu na convocação do time vice-campeão mundial foi o volante atleticano Renan Foguinho.

Atletiba no Mundial sub-17 de 2013: os atleticanos Nathan e Mosquito foram os destaques do Brasil no Mundial sub-17 ano passado. Mas o lateral-esquerdo Abner, recentemente transferido do Coritiba para o Real Madrid, também não fez feio - ele foi atrapalhado por uma lesão que o tirou da competição. O lado ruim é que Nathan perdeu um pênalti nas quartas de final contra o México e caiu na competição. Na foto, Mosquito, Nathan e Abner comemoram gol na disputa.

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