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Início de temporada para o futebol paranaense, tempo de projetar o futuro de Atlético, Coritiba e Paraná em 2016. Confira abaixo a opinião dos colunistas da Gazeta do Povo sobre os principais temas do momento.

O Atlético se reforçou bem para a Pré-Libertadores?

Carneiro Neto

Aparentemente, o Atlético se reforçou bem para as fases preliminares da Libertadores. É muito difícil fazer uma projeção antes de ver essa equipe jogar, mas o importante é que o clube manteve a base e trouxe jogadores experientes. A defesa permanece a mesma e está ficando bem de acordo com o que Paulo Autuori espera de um elenco: jogadores experientes mesclados com jovens talentos. É um time pronto e que necessita de apenas alguns ajustes.

Luiz Augusto Xavier

Não dá para dizer que é uma equipe pronta, fechada, mas certamente é um time interessante, bem alinhado. A principal esperança segue no futebol do argentino Lucho González, irregular no curto período em que jogou no ano passado, mas ainda com créditos por ser um jogador diferenciado tecnicamente. A vinda de Carlos Alberto e Grafite também qualifica o elenco e facilita para Autuori mesclar com as revelações da base durante a temporada.

Edson Militão

Antes de tudo, foi muito importante o Atlético manter o técnico Paulo Autuori. Ele terá à sua disposição o mesmo ferrolho defensivo que o levou para a Pré-Libertadores, o que é muito importante para não tomar gols fora. As contratações vieram exatamente nos setores mais deficientes do elenco. Carlos Alberto será o coordenador ofensivo e o experiente Grafite será o matador que faltou em 2016. Se os resultados não aparecerem, ao menos o clube está acertando na mosca com esta fórmula.

Que setor do Coritiba ainda precisa de reforços para 2017?

Carneiro Neto

Evidentemente, o Coritiba precisava de uma recauchutagem geral. Por isso, a saída e a chegada de tantos jogadores. Alguma coisa não está funcionando nos últimos anos para a equipe sempre lutar contra rebaixamentos e ser obrigada a traçar objetivos modestos, aquém de sua tradição. As contratações feitas com validação da comissão técnica de Paulo César Carpegiani podem funcionar, mas o setor de meio de campo preocupa.

Luiz Augusto Xavier

O Alviverde ainda carece de um articulador para suprir as saídas de Raphael Veiga e Juan. Rui, se em boas condições, pode ser uma alternativa, mas falta um garçom mais clássico. Foi importante a manutenção do técnico Paulo César Carpegiani e de sua comissão técnica. Essa indicação demonstra um caminho da diretoria, uma busca por uma base para começar bem o primeiro semestre e lutar por objetivos maiores no segundo semestre.

Edson Militão

O Coxa terá o Campeonato Paranaense para testar as contratações e encontrar uma boa base de jogo. O clube precisa urgentemente mudar de foco e brigar por coisas maiores na temporada. Confio no Carpegiani e em sua política de chamar jogadores com os quais já trabalhou em outros clubes, como Rildo. Ele é muito respeitado no meio do futebol e, à frente dos novos jogadores do elenco, pode fazer o Coritiba mudar de patamar em 2017.

O Paraná agiu certo ao refazer praticamente por completo seu elenco?

Carneiro Neto

A grande aposta da temporada são os jogadores da base paranista. Também é a única saída do clube, que está numa situação-limite por conta dos problemas internos crônicos e se vê obrigado a reformular o elenco em todo começo de temporada. Mas, se organizar bem e Wagner Lopes ter as condições de trabalho asseguradas, pode dar certo, como já deu em outros momentos históricos do Paraná.

Luiz Augusto Xavier

O velho problema da falta de dinheiro assombra o Paraná, que vê, ano a ano, o time fazer água por esses problemas internos. Apostar em novos talentos é a melhor saída mesmo, já que o clube tem amplo histórico de revelação de craques. Mas é preciso cautela, saber mesclar com jogadores mais experientes, principalmente no setor defensivo, para não queimar esses jovens valores. A boa campanha do Paraná na Copinha demonstra o potencial dessa geração e o cuidado que ela merece.

Edson Militão

O problema do Paraná é ter muitos jogos logo no primeiro semestre. O clube tem uma base muito boa, mas que precisa ser colocada para jogar na hora certa, ou seja, precisa de planejamento. A solução é não queimar etapas e ter uma zaga forte, que não seja uma peneira, como foi a do ano passado. Aí o Tricolor poderá brigar para subir à elite, principal objetivo dos dirigentes e dos torcedores.

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