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Segundo especialista, projeto da nova casa do Coritiba seria viável em terrenos bem mais amplos do que o atual, no Alto da Glória. | Lineu Filho/Gazeta do Povo
Segundo especialista, projeto da nova casa do Coritiba seria viável em terrenos bem mais amplos do que o atual, no Alto da Glória.| Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo

Das três opções de local pensadas pelo Coritiba para a construção de um novo estádio, a do Couto Pereira, no Alto da Glória, é a mais inviável. Assim, restaria ao Coxa escolher entre as outras duas alternativas: o terreno do Pinheirão, no Tarumã; ou uma nova área na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

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A análise é de Fábio Tadeu Araújo, sócio da consultoria Brain Bureau de Inteligência Corporativa, referência no ramo. “A capacidade de desenvolvimento imobiliário no terreno do Couto é nula”, crava Araújo. “Se você usa o espaço para colocar um estádio, não sobra espaço para torres de apartamentos e salas comerciais ao redor. No máximo algumas lojas. Não acredito na viabilidade disso. Seria quase como acreditar em Papai Noel”, reforça.

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Além da questão das dimensões, restrições da prefeitura de Curitiba quanto à mobilidade urbana no entorno do estádio dificultam a construção de uma nova casa no local. Por outro lado, situado em região valorizada, o terreno no Alto da Glória garantiria ao Coxa o potencial de alavancar economicamente o novo estádio em outra área.

Em busca de investidores, o clube planeja dar como sua parte no negócio uma de suas três propriedades, ainda a ser definida: Couto Pereira, CT da Graciosa ou terreno em Campina Grande do Sul. “É o estádio melhor localizado na cidade em termos de valorização imobiliária. É a única real propriedade do clube para o empreendimento. O Coxa terá de escolher entre uma nova sede ou desistir de um novo estádio”, completa Araújo.

Viabilidade econômica

A crise econômica e política enfrentada pelo Brasil não seriam impeditivos para o Coritiba planejar um novo estádio neste momento. “O planejamento leva tempo e independe disso. Agora, o pontapé inicial da obra dependerá de um momento econômico melhor. Talvez na época de conclusão do projeto isto já tenha acontecido”, ressalta Araújo.

A escolha em apostar em um fundo de investimentos para viabilizar o negócio, por sua vez, é interessante, garante o especialista. “Com a crise, o Brasil ficou barato. Neste cenário, há sempre gente disposta a investir e capitalizar em cima disso. Temos visto vários fundos de investimento fazendo associações.”

Por outro lado, a pretensão alviverde de ser sócio majoritário (51%) do empreendimento pode atrapalhar. “Ninguém quer deixar o negócio com o clube. Porque senão você investe dinheiro, mas não manda”, completa.

CIC ou Tarumã?

Segundo Araújo, CIC ou Tarumã oferecem ao clube e ao futuro investidor a possibilidade de construir áreas de comércio no entorno do estádio. “A escolha vai depender do preço e do potencial da área. As duas localidades têm terrenos grandes, com algumas diferenças”.

Contra o Tarumã, entretanto, pesa a construção, nas proximidades do Pinheirão, do shopping Jockey Plaza, o maior da cidade, que seria forte concorrente comercial do Coxa.

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