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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A derrota por 3 a 0 para o Atlético no último domingo deixou o Coritiba em situação delicada na final do Paranaense . Para levar a decisão para os pênaltis, neste domingo (8), no Couto Pereira, o Alviverde tem de devolver o resultado para o rival. Já para ser campeão direto, só uma goleada serve: pelo menos 4 a 0. É inegável que a missão é complicada, mas não faltam exemplos no futebol para dar aquela esperança ao lado verde e branco da decisão estadual. Lembramos aqui cinco viradas históricas em confrontos mata-mata dentro do país. Há outros. O próprio Coxa já caiu do cavalo mesmo tendo cenário amplamente favorável à sua classificação. Em 90 minutos, tudo pode mudar. O primeiro passo é acreditar.

Confira exemplos de times que fizeram o que parecia “impossível”:

Curitiba, 2016

Terceiro gol do J. Malucelli na partida contra o PSTC, no Ecoestádio: virada sensacional.Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Coritiba tem um exemplo bem perto de sua casa para seguir. Na primeira fase do Campeonato Paranaense , o J. Malucelli perdeu apenas duas partidas em 11 rodadas. Terminou em segundo lugar, podendo decidir em casa sua sorte nas quartas de final contra o modesto PSTC. Como visitante, o Jotinha deu mostras de que era mesmo superior, ganhando por 3 a 0. Bastava consolidar a vaga no Ecoestádio. Mas nada deu certo para o time da capital. Levou um gol aos 20 minutos e logo em seguida teve o goleiro expulso. Terminou o primeiro tempo já perdendo por 2 a 0. No fim, acabou derrotado por 3 a 0 e teve de decidir seu destino nos pênaltis. Novo triunfo do azarão PSTC, por 4 a 3, e vaga na semifinal .

Bahia, 2015

A final do Campeonato Baiano de 2015 é um bom exemplo de que se as coisas saem do controle no primeiro jogo de um duelo decisivo, é possível recolocar tudo nos eixos na segunda metade do confronto. O Vitória da Conquista, time de melhor campanha da primeira fase, venceu a partida de ida contra o Bahia por 3 a 0 - dois desses gols marcados em um intervalo de seis minutos, apagando o ímpeto de reação do Tricolor. Na volta, porém, na Fonte Nova, o Bahia colocou os nervos no lugar e marcou dois gols em 15 minutos. Aí não deu mais para a equipe do interior, que levou uma surra, 6 a 0, e amargou o vice-campeonato.

Rio de Janeiro, 2014

Uma das grandes surpresas da história da Copa do Brasil ocorreu em 2014. Na segunda fase da Copa do Brasil, o Fluminense saiu na frente no confronto com o América-RN com um triunfo fora de casa por 3 a 0. No duelo de volta, o time nordestino, que precisava golear, saiu na frente aos 16 minutos. Só que o Tricolor, já com larga vantagem, ainda virou o marcador. O time potiguar passava a depender de duas viradas: do jogo e do placar agregado. E as duas coisas aconteceram. No segundo tempo, o América-RN aproveitou o relaxamento dos cariocas e desandou a balançar a rede. O último, de Rodrigo Pimpão, saiu aos 45/2º. O Fluminense perdia por 5 a 2 em uma das eliminações mais surreais da história do mundo.

Rio de Janeiro, 2014

O árbitro Wagner Reway é cercado por jogadores do Coritiba no Maracanã: três pênaltis em noite desastrosa do apito.André Mourão/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

O ano de 2014 é exemplar para o Coritiba nessa briga para reverter o placar adverso de 3 a 0 a final do Paranaense. E o próprio Alviverde já foi vítima de uma virada surpreendente. Nas oitavas de final da Copa do Brasil daquela temporada, o Coxa fez justamente 3 a 0 no jogo de ida contra o Flamengo, no Couto Pereira. A classificação, então virtual, acabou se esfacelando no embate em território carioca. O time rubro-negro contou com o apoio da arbitragem, que marcou três pênaltis a favor dos donos da casa, todos polêmicos. A repetição do placar do primeiro jogo acabou levando a decisão para as penalidades máximas, na qual o Urubu se deu melhor: 3 a 2.

São Paulo, 1995

Um dos duelos épicos do Campeonato Brasileiro colocou frente a frente o Santos e o Fluminense, na semifinal de 1995. A primeira partida já havia sido um massacre, com o Tricolor carioca ganhando por 4 a 1 no Maracanã. Para muitos, a partida de volta, no Pacaembu, seria apenas para cumprir tabela. No primeiro tempo do embate como mandante, o Peixe contrariou as expectativas gerais e abriu 2 a 0, com dois gols de Giovanni. No intervalo, os santistas não foram para os vestiários. Descansaram e conversaram ali mesmo, dentro do gramado, para delírio dos torcedores. Após o reinício do confronto, as duas equipes marcaram. O 3 a 1 ainda era favorável ao Fluminense. Liderados pelo inspirado Giovanni, os paulistas chegaram a balançar a rede outras duas vezes ¬- mesmo tendo um jogador expulso - e desenharam a goleada. O Tricolor ainda diminuiu a vergonha, mas o 5 a 2 no marcador colocou o Santos do técnico Cabralzinho na final da competição.

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