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Ricardo Gomyde e Rogério Bacellar em evento durante campanha para a eleição na Federação Paranaense de Futebol. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Ricardo Gomyde e Rogério Bacellar em evento durante campanha para a eleição na Federação Paranaense de Futebol.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

A doação de R$ 200 mil feita pelo Coritiba para a malsucedida campanha de Ricardo Gomyde para presidência da Federação Paranaense de Futebol, e o posterior reembolso feito pelo presidente Rogério Bacellar aos cofres do Alviverde, também em forma de doação, têm acirrado os ânimos – e a disputa política – no Alto da Glória. Na última segunda-feira (27), uma comissão foi criada no Conselho Deliberativo para averiguar a transação financeira.

Apesar de alegar internamente que todo o processo ocorreu de maneira legal, tanto que o presidente referendou a criação da comissão, a diretoria não se pronuncia. Também não dá explicação sobre o destinatário do dinheiro e como ele foi gasto. A única justificativa apresentada é que a despesa seria de responsabilidade total da campanha de Gomyde no bate-chapa com Hélio Cury, reeleito presidente da FPF.

A chapa apoiada pelo Coxa no pleito, porém, não tinha um tesoureiro para direcionar e controlar os gastos. Boa parte do montante arrecadado teria sido utilizada para bancar reuniões feitas no interior e na capital com eleitores da entidade. A falta de transparência na administração da verba, no entanto, acirrou os questionamentos no Couto Pereira.

Na última reunião do Deliberativo, um dos mais enfáticos a criticar o caso foi o conselheiro José Hipólito Xavier da Silva. “Achei que essa atitude não poderia ter sido realizada, por se tratar de um clube que está praticamente quebrado, segundo a diretoria. Não poderia gastar dinheiro com isso”, reclamou. “Mostrei indignação ao ver que os atos e justificativas geram dúvidas por ser tudo nebuloso. Merece esclarecimento”, acrescentou.

Para a diretoria, a movimentação nos bastidores tem cunho político. A oposição se defende dizendo que a comissão foi articulada com o requerimento de 11 conselheiros de orientações políticas diferentes. E destaca que a doação foi avalizada pelo Conselho Fiscal da atual gestão.

“O objetivo é verificar o caso de uma maneira tranquila e serena. Por que foi doado? Para quem? Quanto? Queremos entender isso e trazer as respostas para os conselheiros”, disse Gerson Chimelli, ex-presidente do Conselho Fiscal e membro da comissão.

A expectativa é de ter alguma resposta em um ou no máximo dois meses. A reportagem procurou a diretoria do clube e integrantes da chapa de Gomyde para comentar o caso, mas não obteve retorno.

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