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Negueba caiu nas graças da torcida do Coxa. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Negueba caiu nas graças da torcida do Coxa.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O cabelo, a camisa 7 e a irreverência. Se há alguém, nas últimas três décadas, a se assemelhar a um dos maiores ídolos do Coritiba, é Negueba. Mais novo xodó da torcida alviverde, ele está sendo comparado a Lela, um dos atletas mais carismáticos da história do time do Alto da Glória.

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O gol em cima do Londrina, que abriu o caminho para a vitória por 3 a 0 e a vaga na final do Campeonato Paranaense, reforçou o apelo do atleta com os coxas-brancas e as lembranças do atacante recordista de jogos e gols na década de 1980: 200 partidas e 55 gols. Resgate que começou com a chegada do ex-flamenguista ao Coxa em janeiro.

“O estilo de jogo é diferente daquela época. Mas ele tem um trejeito parecido. Um estilo que cativa, bem parecido com o de Lela. Se comenta isso por aqui”, admite Dirceu, Krüger, ex-jogador do Coxa e auxiliar técnico na campanha do título brasileiro de 1985, do qual Lela foi um dos destaques.

“O Lela era mais showman, mais irreverente. O Negueba não é tão extravagante. Mas o jeito que ele comemorou o gol contra o Londrina, fazendo a degola, mostrou atitude, contagia os companheiros e soma para o torcedor, empolga”, comentou o colunista da Gazeta do Povo, Carneiro Neto.

“Para ficarem mais parecidos, basta ele fazer a careta”, brinca Guilherme Costa Straube, do Helênicos, grupo que resgata a história do clube.

A primeira vez em que Lela adotou a comemoração que viraria sua marca registrada foi em Toledo. São duas versões. Uma é a de que o jogador fez o gesto em resposta às provocações da torcida adversária. O colunista da Gazeta Luiz Augusto Xavier conta outra. “Eu era editor da Tribuna do Paraná. Pedi para o fotógrafo Orlando Kissner trazer fotos diferentes. Ele conversou com os jogadores para que comemorassem perto dele se fizessem um gol. O Lela perguntou: ‘E eu faço o quê na hora?’ E o Orlandão respondeu: ‘Faz qualquer coisa, faz uma careta’”, relembrou Xavier.

Lela marcou, mostrou a língua com as mãos ao lado do rosto na cena inesquecível para os fãs coxas-brancas. “Se tem alguem nesses anos todos que pode ser comparado ao Lela é o Negueba”, acrescentou.

Apesar da cabeleira e de ambos serem negros, Carneiro Neto descarta outras comparações físicas. “Chamavam o Lela de maior anão do mundo. Com os braços e pernas curtos e o tronco longo. E mesmo assim era muito rápido”, lembrou. “O Negueba é, tecnicamente, mais refinado. Mas o Lela era mais decisivo, marcava mais gols. Uma semelhança é a responsabilidade de puxar o contra-ataque”, acrescentou.

Responsabilidade que aumenta agora na final, contra o Operário, na qual Negueba tem a chance de marcar com um título sua arrancada relâmpado rumo ao status de ídolo alviverde.

aLVIVERDES
Rafhael Lucas

Após deixar o campo ainda durante o primeiro tempo do último jogo contra o Londrina, o atacante Rafhael Lucas não participou do treinamento de quarta-feira (22). Como na terça (21), ele seguiu em trabalhos específicos de recuperação. A participação dele segue incerta para o jogo de domingo contra o Operário. Já Keirrison, que havia sido poupado na véspera, treinou normalmente.

Reforço

O meia Thiago Galhardo já está em Curitiba e tem a sua apresentação oficial esperada para esta quinta-feira (23). É o primeiro reforço do Coxa para o Campeonato Brasileiro. O jogador de 25 anos estava no Madureira e seu vínculo será de três anos.

Segurança

Na manhã desta quinta-feira, será realizada uma reunião em Ponta Grossa para definir as estratégias de segurança para a primeira finalíssima do Estadual, domingo, no Germano Krüger. A Polícia Militar adiantou que serão destinados 400 oficiais para a operação. A Polícia Rodoviária Federal será responsável pela fiscalização dos ônibus da torcida coxa-branca que forem aos Campos Gerais. Até esta quarta-feira (22) não havia sido solicitada a escolta para o deslocamento.

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