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Lateral Henrique durante treino do Coxa em Belo Horizonte. | Divulgação/Coritiba
Lateral Henrique durante treino do Coxa em Belo Horizonte.| Foto: Divulgação/Coritiba

O Coritiba vai a Belo Horizonte nesta quarta-feira (1.º) enfrentar o Atlético-MG, às 21h, no Independência, em busca de estabilidade no Brasileiro, após começar uma reação para sair da ZR, com um empate e uma vitória. Para buscar a arrancada, a equipe de Ney Franco pode se espelhar em uma partida exatamente contra o Galo de quase 30 anos atrás.

Após vencer por 1 a 0 no Couto, o Coritiba segurou o empate por 0 a 0 no Mineirão lotado no dia 28 de julho de 1985, com apresentação de gala do goleiro Rafael Camarotta, para se classificar à final com o Bangu na conquista do único Brasileiro do Alviverde. “Às vezes, quando estou sozinho, chego a ouvir a torcida gritando e me arrepio”, lembra o ex-lateral André, titular do título de 85.

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O Coritiba era a zebra. “Eram 70 mil pessoas cantando parabéns para o Nelinho [lateral que jogou pela seleção]. Até brinquei com o Heraldo e disse para ele aproveitar o parabéns que a torcida cantava, já que no final do jogo esse parabéns seria para a gente”, recorda Cammarota.

A vitória em Curitiba dava ao Coxa a vantagem do empate em Minas. O técnico Ênio Andrade formou uma das maiores retrancas do futebol brasileiro. “Foi defesa contra ataque. Jogamos do meio para trás”, lembra Heraldo, titular da zaga de 85. “Eles jogaram 90 minutos no nosso campo. Mas estávamos tão bem que podíamos jogar aquele jogo até hoje que não perderíamos”, acrescenta André.

O lateral-esquerdo Dida lembra da força do Atlético-MG, uma das equipes mais cotadas para a conquista de 85. “Sérgio Araújo, Reinaldo, Edivaldo, era um time muito ofensivo. A gente não teve uma chance de gol sequer. No futebol, além de competência, às vezes tem que ter sorte. E tivemos”, enfatiza.

A pressão foi tanta que quase teve gol contra. Aos 33 minutos, ao tentar cortar um cruzamento, o zagueiro Gomes tocou contra a própria meta. Rafael teve o reflexo em uma defesa dificílima, em cima da linha. “Até hoje o pessoal tem dúvida [se foi gol]. Mas o Rafael foi de uma agilidade incrível”, diz Dida.

Se vencer o Atlético-MG no Independência nesta quarta-feira e houver empate entre Figueirense e Goiás ou vitória do Joinville sobre o Flamengo ou um empate nessa última partida, o Coritiba deixa a zona de rebaixamento.

“Dá para ganhar. Basta determinação e cobrança entre eles mesmos. No meu tempo a gente brigava pela vitória. Se não faltar isso, o Coxa vence o Galo”, orienta o ídolo Rafael Cammarota, o homem que calou o Mineirão.

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