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Torcida coxa-branca faz promessas para  que o Coritiba escape da degola. | Ilustração/Felipe Mayerle
Torcida coxa-branca faz promessas para que o Coritiba escape da degola.| Foto: Ilustração/Felipe Mayerle

A dois jogos para o fim do Brasileiro, 26 das 36 rodadas dentro da faixa vermelha da tabela, o Coritiba espera amenizar neste domingo (29) o drama de uma aflita torcida.

Se vencer o Palmeiras às 18 horas, no Allianz Parque, o Coxa chegará ao último confronto – diante do Vasco, dia 6/12, no Couto Pereira – com uma carga menor de angústia na arquibancada. Dependerá de si mesmo.

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O drama vivido por alviverdes neste semestre mexeu com o bem estar de alguns fãs mais exaltados. Promessas – com prejuízo físico ou financeiro – não faltam para ver o fim do martírio.

Um deles foi o administrador Rodrigo Rotenberg, 26 anos. No dia 13 de agosto, vendo o Coxa na vice-lanterna da competição, ele prometeu em um grupo do Facebook doar dez cestas básicas para uma entidade carente caso o Coxa escapasse.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor de cada cesta em Curitiba é de R$ 356. Ou seja, R$ 3.560 de promessa.

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“Quando o time empatou com o Joinville, no Couto, (na 11.ª rodada) eu tinha certeza que ia cair. Depois em um momento de desespero fiz a promessa, nunca tinha feito. Mas pelo menos vou poder ajudar alguém também”, afirma Rotenberg.

“É bastante dinheiro para mim, já estou separando. Mas pelo Coxa vale”, garante o torcedor, que fará a doação ao Instituto Pró Cidadania de Curitiba (IPCC).

Outro que empenhou um sacrifício pessoal foi o empresário Murilo Pietrochinski, 26 anos. Há dois meses, vendo a dificuldade que estava o time, ele resolveu mexer com a própria vaidade, prometendo raspar o cabelo caso o Coritiba estivesse na Série A em 2016.

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“Eu nunca fiz isso, mas a situação naquela época era complicada. Jogar a segunda divisão é horrível”, lembra.

Se alguns são penitentes de primeira viagem, outros já têm experiência em ‘pedir aos céus’ pelo Coxa. Resultado do quarto ano seguido do clube lutando contra o rebaixamento no Brasileiro.

No ano passado, a empresária Grazielle Poletto, 34 anos, fez diversas pequenas promessas durante o campeonato e uma maior caso o time escapasse. Ela precisaria ficar dois dias sem falar e garante que cumpriu após ver a equipe que ainda tinha o ex-meia Alex escapar da degola.

“Foi horrível, no meu trabalho eu falo o tempo todo. Tinha horas que um cliente ligava, minha filha passava uma informação errada e era muito complicado”, relembra. Grazielle chegou a usar o sintetizador de voz do Google para poder se comunicar. Para esse ano ela prometeu ir a pé de casa, em Santa Felicidade, até o Couto Pereira, um trajeto de cerca de 11 quilômetros.

O presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, reforça esse coro verde e branco, mas em um sentido diferente dos torcedores. “Não vamos cair e não fiz nenhuma promessa como dos torcedores . A minha promessa é que o Coritiba ano que vem vai ter um time mais competitivo”, garante o presidente Bacellar.

“Os jogadores me prometeram que vão jogar com raça, dedicação e amor a camisa. Isso é o mais importante”, fecha o dirigente

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